Rede Cegonha beneficia municípios do Norte de Minas

A expectativa é continuar reduzindo a mortalidade infantil na região.
Nesta segunda-feira, 27/02, às 8h30, o grupo condutor estadual da Rede Cegonha se reúne no auditório da superintendência regional de Saúde de Montes Claros para definir as
estratégias
de alinhamento do programa no Norte de Minas. O grupo condutor é formado por representantes da superintendência regional de Saúde de Montes Claros, gerências regionais de Januária e Pirapora, Colegiado de Secretários Municipais do Norte de Minas (Cosems Norte) e Secretaria Municipal de Montes Claros.
Na reunião, o grupo vai definir o fluxo do atendimento nos pontos desde a atenção primária, onde são feitos os primeiros exames e acompanhamento do pré-natal, até o nível terciário, onde são acompanhadas as maternidades de alto risco, passando pelo Centro Viva
Vida
, Samu e UTI neonatal.
Os 86 municípios que compõem a região Norte de Minas já aderiram à Rede Cegonha, projeto do Ministério da Saúde que visa organizar uma rede de cuidados para assegurar às
mulheres
e às crianças atenção de qualidade e humanizada, permitindo-lhes vivenciar a experiência da gravidez, do parto e do nascimento com segurança. “Já foi feito um mapeamento e definindo o fluxo de atenção e agora está sendo definido o plano de ação regional e municipal da Rede Cegonha. Esses planos servirão para orientar as ações de implementação da Rede bem como o repasse de recursos”, explica Olívia Pereira de Loiola, superintendente regional de Saúde de Montes Claros.

REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL
Nos últimos 12 anos, nos municípios sob jurisdição da SRS-MOC a taxa de mortalidade infantil diminuiu 64,4%, sendo que em 2009 a taxa foi de 12,2/1000 nascidos vivos. “Com a Rede Cegonha e o programa Mãe de Minas, certamente esse índice será cada vez menor, avalia Olívia.
A proposta da Rede Cegonha é ampliar o acesso e a melhoria da qualidade do pré-natal, vincular a gestante à unidade de referência e promover o
transporte
seguro e de boas práticas na atenção ao parto e nascimento, incluindo o direito ao acompanhante de livre escolha da mulher na hora do parto. O projeto também propõe a melhoria e ampliação da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses e o acesso às ações de planejamento reprodutivo
Os municípios participantes da Rede Cegonha que tiveram até 300 partos em 2010 vão receber recurso de R$ 300 mil reais para investir na ambiência maternidade. Já os municípios que têm maternidade de alto risco (UTI neonatal) receberão um custeio anual para manutenção do serviço, com previsão de recursos de cerca de R$ 2,6 milhões.
Segundo o presidente do Cosems Norte, Laerte Matheus, que também é secretário de Saúde de Ninheira, os secretários de saúde da região estão solidários com o projeto. ”Desde a instalação dos centros Viva Vida – são quatro: em Brasília de Minas, Janaúba, Pirapora e Taiobeiras -, tivemos uma melhoria significativa na atenção à saúde da mulher e da criança. Com a Rede Cegonha, espera-se efetivar o fluxo de atenção e diminuir ainda mais o índice de mortalidade materna e da criança até dois anos de idade”, observa.
Ainda de acordo com Laerte Matheus, já foi pactuado com o Ministério da Saúde a instalação de 10 leitos de UTI neonatal nos hospitais de Brasília de Minas, Taiobeiras, Pirapora e Januária. Em Montes Claros, serão instalados 10 leitos no hospital Aroldo Tourinho, 08 na Santa Casa e 12 no hospital universitário Clemente de Faria. O secretário informa também que serão construídos centros de parto normal em seis municípios da região identificados como ponto de alto risco: Montes Claros, Brasília de Minas, Pirapora, Janaúba, Taobeiras e Januária. “A meta dos governos estadual e federal é trabalhar para reduzir radicalmente a mortalidade infantil”, completa.




Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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