Os deputados eleitos do Norte de Minas Gerais

(Por Larissa Durães, O Norte) O Norte de Minas Gerais elegeu neste domingo (2) seis deputados estaduais, na sua maioria de centro direita e três deputados federais, na sua maioria de centro esquerda “da terra”. Entre os deputados estaduais, o mais votado foi Arlen Santiago com 107.236 dos votos. Arlen, é de Montes Claros, médico e advogado. Sua principal região de atuação política é o Norte de Minas. Foi vice-prefeito de Montes Claros (1996-1999).

Seguido por Tadeuzinho (MDB): 96.862. Natural de Montes Claros, foi o mais jovem secretário de Estado de Minas Gerais, ao ser nomeado em fevereiro de 2015 para assumir a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana.

Gil Pereira (PSD): 88.393. Gil, é de Montes Claros e é administrador de empresas. Bacharel em Administração com especialização em Comércio Exterior, iniciou a vida pública como vereador em Montes Claros em 1988, quando presidiu a comissão que elaborou a Lei Orgânica do município (1989/90). Foi secretário municipal de Governo na gestão do Prefeito Mário Ribeiro (1991/1992) e presidente da Câmara Municipal (1993/1994).

Leninha (PT) teve 65.864. Leninha, nome Completo Marilene Alves de Souza, é natural de Montes Claros e é graduada em Ciências Biológicas e mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Foi professora nas redes estadual e municipal de ensino, sendo eleita diretora estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e presidente regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Ricardo Campos (PT): 43.690, natural de Montes Claros, possui superior completo e sua profissão atual é “administrador”

Oscar Teixeira (PP): 34.442, é empresário e natural de Porteirinha.

Entre os deputados federais, o mais votado foi Paulo Guedes (PT) 15091 votos. Paulo Guedes, é natural de Manga, no Norte de Minas e professor. O petista foi candidato a prefeito de Montes Claros, em 2012.

Delegado Marcelo Freitas (União Brasil) 16600 votos. Marcelo Eduardo Freitas, natural de Montes Claros, é um delegado de polícia e político brasileiro.

Célia Xakriabá (Psol) 3012. Célia Nunes Xacriabá, é de São João das Missões, índia do povo Xakriabá, Norte de Minas. É mestra em desenvolvimento sustentável pela Universidade de Brasília e doutoranda em antropologia pela UFMG.

Para o cientista político Geelison Ferreira da Silva, mesmo tendo tido novidades em relação aos eleitos, o número de deputados ainda é baixo, pois, existe uma sub-representação no Norte de Minas.

“Que é quando a gente pega a proporção de deputados e a proporção da população, realmente ainda tem um defect. enquanto o centro e sul tem uma sobe representação, em termos de legisladores”, explica.

Isto acontece de acordo com o professor, porque o perfil das outras regiões, possui maior poder econômico e possuem maior capacidade de eleger os seus. “A elite de Minas Gerais não está no Norte de Minas Gerais. Está em outras regiões. E essa elite acaba ocupando maior espaço na representação política também”, esclarece.

“O fato de outras regiões serem mais ricas e escolarizadas permite, também, com que a elite acabe avançando sua influência para outras regiões do estado, seguindo também a maior representatividade política”, finaliza Geelison.

Paraquedistas na região
Sobre os paraquedistas políticos que aparecem em todas as eleições no Norte de Minas, para o professor, são influências das elites do centro e sul de Minas. “A elite econômica está concentrada no centro e sul do estado e essa elite vai conseguir também se organizar para influenciar outras regiões do estado também em termos de votos e assim alcançar maior representatividade. Acho que isso faz parte da dinâmica social, a representatividade, a representação política, ela não é uma representação apenas local, é uma representação estadual. É claro que cada parlamentar tende a focar na sua base, mas a representação é estadual e é legitima, e aí acaba que quem tem mais poder, mais influência acaba alcançando uma representação superior aquém tem menos”, destaca o professor.