Prefeito de Janaúba é tomado por um completo delírio e exige que vereadores avisem quando irão fiscalizar as obras do município





Já não bastasse as afrontas ao Ministério Público de Minas Gerais, o prefeito 95% agora quer que os vereadores avisem com no mínimo 10 dias de antecedência qual obra eles irão fiscalizar. Parece uma piada de péssimo gosto, mas os documentos não deixam dúvidas que o aspirante a ditador agora quer cobrar o preço pela vassalagem praticada pela Câmara Municipal de Vereadores de Janaúba, que na sua maioria não representam ou defendem os interesses do povo, e sim são cabos eleitorais do Garnisé.

Os vereadores tem quatro principais atribuições: representar (os eleitores e a comunidade), legislar (em defesa do bem comum), fiscalizar (a aplicação do dinheiro público) e assessorar (encaminhamento de indicações ao prefeito e secretários municipais). O vereador fala em nome da população, do partido político que representa e de movimentos organizados, devendo realizar seminários, debates e audiências públicas como meios de ouvir e de permitir que sejam ouvidos os interesses da comunidade em geral.

Pela Constituição Brasileiras, nossa Carta Magna, cabe aos vereadores fiscalizarem os atos do prefeito na administração municipal, principalmente no tocante ao cumprimento da lei e da boa aplicação e gestão dos recursos públicos. A fiscalização acontece também por meio de análises do Plano Diretor e da atuação das comissões especiais com os objetivos de discutir e aprovar o orçamento anual - a Lei de Diretrizes Orçamentárias - que define onde e como aplicar o orçamento do município.

O vereador ou vereadora por lei tem o direito de entrar em qualquer repartição pública do município sem precisar pedir qualquer autorização prévia, para fiscalizar, verificar e se for o caso denunciar. O que o prefeito deseja é achacar ainda mais os parlamentares gorutubanos, e transformar de vez a Câmara Municipal em um puxadinho do executivo.

Em Janaúba os poderes estão extremamente desiquilibrados e o prefeito está tomado de um espirito ditatorial. É preciso lembra-lo que vivemos em uma democracia, e mesmo que o ídolo dele, Jair Bolsonaro, seja presidente e inconsequente, uma hora essa conta chega. E vamos aguardar se a subordinação dos vereadores vai continuar, ou vão assumir o papel de representantes do povo e não do prefeito.  

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