Engenheiro Navarro: acusado de matar e esquartejar jovem vai a júri popular




(Por Marina Pereira e Paula Alves, g1 Grande Minas) Está sendo julgado, nesta segunda-feira (21), o acusado de matar e esquartejar uma mulher em Engenheiro Navarro, no Norte de Minas Gerais, em abril de 2021. O corpo de Cíntia Taís Gomes dos Santos Silva, que na época tinha 21 anos, foi encontrado dentro de uma mala na casa do investigado.

Carlos Roberto Gonçalves foi preso no mesmo dia em que a polícia encontrou o corpo da vítima, que era considerada desaparecida. A sessão de júri popular é realizada no Fórum Doutor José Maria Alkmim, em Bocaiuva, e o Conselho de Sentença é formado por quatro homens e três mulheres. O investigado, que está detido no presídio da cidade, chegou ao fórum escoltado por policiais penais por volta das 9h.

Antes do início do julgamento, o promotor Thiago Diniz Moura falou sobre a denúncia oferecida pelo Ministério Público.

“A denúncia imputa ao Carlos Roberto o crime de homicídio qualificado, pelo emprego que impossibilitou a defesa da vítima, e o crime de ocultação de cadáver. O Ministério Público vai sustentar a condenação na íntegra da denúncia e espera que as penas alcancem um patamar condizente com a gravidade desses dois crimes que foram praticados”.


Com cartazes e camisetas, familiares da vítima se reuniram no fórum para acompanhar o julgamento e pedem por justiça.

“A gente espera que a justiça seja feita e que ele arque com as consequências do que ele fez e causou na minha família, porque destruiu a minha família. [...] Minha irmã era alegre, onde ela ia fazia amizade, não tinha timidez com nada, era muito sonhadora e muito forte também”, disse a irmã, Paula Fernandes Gomes.

O advogado de defesa, Antônio Rodrigues Azevedo, informou que trabalha para que o réu “seja condenado pelo crime de ocultação de cadáver com a diminuição [da pena] da confissão e seja absolvido do crime de homicídio”.

Entenda o caso
O corpo de Cintia Tais Gomes do Santos Silva, de 21 anos, foi encontrado esquartejado e estava dentro de uma mala na casa do investigado, em Engenheiro Navarro. À época, a Polícia Civil confirmou que a causa da morte foi enforcamento. O exame feito pelo legista ainda mostrou que a vítima tinha um corte profundo no pescoço.

Ao ser preso, o homem afirmou que a jovem morreu em decorrência do consumo excessivo de drogas, versão que, para a Polícia Civil, foi descartada.

Cíntia Taís Gomes dos Santos Silva era considerada desaparecida e o acusado chegou a trocar mensagens em um aplicativo de celular com familiares dela, após cometer o crime.

Em uma das conversas por mensagens, uma prima de Cintia diz que a família está procurando por notícias. O homem responde "todo mundo tá me ligando". Em seguida, a parente afirma: "Estamos preocupados, apenas" e ele diz: "Gente, vi ela sim, mas depois saiu com alguém num carro branco. Acho que nem é de Navarro, só sei isso."

Para a Polícia Civil, o investigado inventou a história de que a jovem teria entrado no veículo para tentar se livrar de suspeitas e mudar o foco da investigação. A hipótese já havia sido descartada, já que ninguém mais confirmou ter visto Cíntia.

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