Ossada humana encontrada em reservatório da Copasa é de homem de 39 anos

O delegado regional de Januária, Raimundo Nonato, disse que a investigação foi profunda e bastante cuidadosa

Corpo de Josmar ficou por 1
ano submerso no reservatório da Copasa
A ossada humana encontrada em reservatório da Copasa, na cidade São Francisco, há cerca de um ano é de um homem de 39 anos. Josmar Cardoso dos Santos fazia uso dos medicamentos controlados Gadernal e Ardol e estava desaparecido desde o dia 3 de maio de 2010. À Polícia Civil, familiares revelaram que Josmar possuía problemas mentais e estava bastante perturbado, tendo alucinações e delírios, quando se dizia perseguido. Na época do desaparecimento, a Polícia Civil fez várias diligências, mas não encontrou nenhum vestígio que pudesse chegar levar à vítima.
No entanto, em 7 de abril do ano passado, durante esvaziamento para limpeza do reservatório, funcionários da Copasa foram surpreendidos por uma ossada humana. Desde esta data, um mistério cercava o caso, a respeito da identidade da vítima, bem como a causa da morte.
Segundo o delegado regional de Januária, Raimundo Nonato, a causa da morte da vítima foi afogamento.
-A polícia acredita que a vítima teve um delírio, entrou no reservatório e após passar por um buraco que havia na cerca, teve acesso a uma escada que ficava ao lado do reservatório. Além disso, acreditamos que o reservatório não ficava tapado, o que configura negligência da Copasa. Por isso, a empresa deverá ser responsabilizada, pois facilitou o acesso ao interior do local.
Raimundo Nonato explicou que houve uma investigação profunda e bastante cuidadosa acerca do caso.
-Nós realizamos várias perícias, verificamos e comparamos as características do crânio encontrado com as de várias vítimas de desaparecimento que tínhamos no município. Em seguida, contatamos a família da vítima e pedimos um exame de DNA. Essa semana, obtivemos a confirmação do exame, disse o delegado.
O inquérito com todas as provas materiais e técnicas deverá ser remetido ainda nesta semana à Justiça de São Francisco para ser julgado.
Josmar tinha cicatriz no crânio e tinha ausência de um dente. Além disso, as roupas que ele utilizava no dia do desaparecimento como bermuda e um tênis foram reconhecidos pelos familiares. O pai da vítima disse em depoimento que o filho chegou a dizer a seguinte frase no dia em que sumiu você vai por terra e eu vou por água. Logo depois saiu de casa.
Trabalharam na apuração do caso, além do delegado Raimundo Nonato, a delegada Karine Maia, os peritos Gleisson e Sandro, médico legista Marlon, o escrivão Vincícius Santos e os escrivães de São Francisco Cassiano, Ricardo Rodrigues e Valdinei César.

Danos morais
Tramitam na justiça comum de São Francisco centenas de processos contra a Copasa. Moradores de São Francisco alegam danos morais por terem consumido, durante um ano, água com restos humanos. Por outro lado, a Copasa alega que não houve contaminação da água. Parte dos processos encontra-se em Montes Claros para julgamento. Ainda não houve sentença.




Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

Fonte: O Norte

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