Com entrada de Janaúba, Minas Gerais passa a ser líder em produção de energia solar


O Estado de Minas Gerais assumiu ontem, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a liderança nacional na geração de energia solar fotovoltaica centralizada em operação – modalidade em que a energia é gerada em grandes usinas. O Estado responde sozinho por 22,37% de toda a potência outorgada neste modelo, com 1,44 GW em operação.

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, tais resultados refletem “investimentos sólidos e constantes no setor, além da melhoria no ambiente de negócios voltados para energia sustentável, fortalecendo a cadeia produtiva da geração de energia solar e prospecção de investimentos voltados para esse tipo de energia’’.

Ainda segundo Passalio, este é o segundo maior setor de investimentos de 2019 para cá. Dos R$ 264 bilhões em recursos que vieram para Minas nos últimos quatro anos, mais de R$ 50 bilhões são para usinas solares. Este valor inclui também investimentos em energia solar distribuída, modalidade em que Minas também é líder nacional, com cerca de 2 gigawatts (GW) de energia solar fotovoltaica em operação nas residências, comércio, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

“O mais interessante é que temos mais de 16 GW já homologados. Ou seja, se com 3 GW nós já somos o primeiro lugar no Brasil, com o que está homologado nós seremos referência não só no Brasil, mas em todo o mundo, porque temos o ‘melhor sol’, incentivos fiscais, somos desburocratizados com licenciamento ambiental acelerado, enfim, temos todos os ingredientes para continuar atraindo investimentos para Minas por meio de energia limpa”, afirmou o secretário.

Caminho até o topo
De acordo com dados da Aneel, Minas iniciou o mês de setembro ocupando o 3º lugar no ranking de energia solar centralizada, com 1,038 GW em operação. O estado da Bahia detinha então o 1º lugar, com 1,35 GW, enquanto o Piauí ocupava o 2º lugar, com 1,24 GW.

Com a entrada em operação de oito empreendimentos em Pirapora e Janaúba, Minas Gerais ultrapassou os estados da Bahia e do Piauí, assumindo a liderança do ranking com 1,44 GW em operação, enquanto ambos os estados seguem com 1,35 GW e 1,24 GW, respectivamente.

Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, tais resultados refletem, dentre outros aspectos, os esforços empreendidos no âmbito do Projeto Sol de Minas, que conta com parceiros como a Cemig e a Invest Minas, com o objetivo de atrair investimentos para o Estado, melhorar o ambiente de negócios e aumentar a capacidade instalada de energia em Minas Gerais.

Investimentos no Norte
Tendo em vista o enorme potencial solar, principalmente, da região Norte do Estado, no último dia 27, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais pactuou com as empresas Sul Americana de Metais S.A. (SAM) e a CGN Brasil Energia e Participações S.A. a construção de um Parque Solar com capacidade instalada de 800 MW de energia, que irá gerar cerca de 2.500 empregos para a região.

Consumo nacional deve recuar mais de 4%
São Paulo – Temperaturas mais baixas em setembro em grandes capitais brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, motivaram uma queda do consumo nacional de energia elétrica, que deve encerrar o mês com retração de mais de 4%, segundo projeção mais recente do operador do sistema elétrico ONS.

Além do clima mais frio e chuvoso, que reduz o acionamento de ar condicionado, especialistas apontam que o comportamento da carga de energia vem sendo influenciado pelo crescimento modesto da atividade econômica e pela forte expansão da geração solar distribuída em telhados e fachadas, que não passa por monitoramento preciso do ONS.

Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) enviados à Reuters mostram que, em setembro até o dia 27, as temperaturas em grandes capitais brasileiras tiveram diferenças expressivas na comparação com igual mês de 2021.

Em São Paulo, a temperatura máxima foi de 21,6°C no mês, ficando 5,4°C abaixo do registrado ano passado. No Rio de Janeiro, a temperatura máxima, de 24,9°C, é 2,4°C inferior à de um ano antes.

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