Cruzeiro empata com a Chapecoense e não evita jogo da volta contra os catarinenses

Muitos acharam que a missão do Cruzeiro seria fácil e que a Raposa não teria trabalho para vencer a Chapecoense, em Santa Catarina. No entanto, o que se viu no confronto da noite desta quarta-feira, foi um time da casa firme na marcação, em certas vezes até violento, que segurou a equipe mineira e garantiu o direito de fazer o jogo de volta na próxima quarta-feira, em Sete Lagoas.
Na Arena Condá, 1 a 1 foi o placar final de Chapecoense e Cruzeiro. Os gols do jogo foram marcados por Souza e Walter.
Para a semana que vem já está marcado o tira-teima, que será disputado na Arena do Jacaré. Quem vencer passa às oitavas de final e enfrentará ou Atlético-PR e Criciúma, que decidem seus futuros nesta quinta.

Primeiro tempo
Com Diego Renan deslocado para a lateral-direita, na vaga de Marcos, sacado pela má atuação no clássico, Vágner Mancini escalou Everton na esquerda. E, no primeiro tempo, o Cruzeiro teve a chance de abrir o placar logo no início. Wellington Paulista arrancou pela direita e, na linha de fundo, cruzou para a área, onde estava posicionado Anselmo Ramon. O atacante bateu de primeira, mas a bola passou por cima do gol de Rodolpho.
A Raposa seguia pressionando a Chapecoense, que fazia uma marcação intensa no meio-campo. Aos oito minutos, em mais uma escapada do ataque azul e branco, outra chance desperdiçada. Wellington Paulista lançou outra bola pela direita. Anselmo Ramon ajeitou a redonda na entrada da pequena área e chutou. O goleiro Rodolpho fez uma defesa providencial, com os pés, salvando o time de Chapecó.
Após os dois sustos, a Chapecoense acordou e começou a imprimir um ritmo mais firme, pressionado o Cruzeiro. Aos 16, os mandantes fizeram a alegria do torcedor, usando de seu ponto forte: o jogo aéreo. Em cobrança de escanteio, a zaga celeste falha na marcação e Souza cabeceia no meio de dois beques da Raposa. A bola acerta o canto direito de Fábio, que ficou sem ação no lance, sem se mexer. 1 a 0 Chapecoense.
Mesmo sofrendo o gol o Cruzeiro não mudou seu comportamento e deixava-se envolver no jogo dos catarinenses. Em uma das escapadas de marcação dos cruzeirenses, Anselmo Ramon, que não estava com a mira acertada, perdeu outra chance. Aos 19, finalizando com o pé esquerdo.
Aos 25 da etapa inicial um lance incrível. Wellington Paulista recebeu no meio da área, dominou e fez o arremate. Era para marcar e sair para o abraço, mas a bola passou por cima do gol da Chapecoense, incrivelmente.
Até o apito final do árbitro no primeiro tempo, a partida ficou pegada e forte na marcação. O campo não ajudava, pelas condições do gramado, que não beneficiava muito o estilo de jogo do Cruzeiro.

Segundo tempo
No segundo tempo os dois técnicos apostaram em mudanças. Itamar Schulle sacou Willian e colocou Rafael Mineiro. Enquanto isso, Vágner Mancini tirou Wallyson, apagado na etapa de número 1, e acionou Walter. O ex-avante do Porto já entrou levando perigo à meta da Chapecoense, mas também mandou para fora. 
A etapa dois seguiu quente, com muitas faltas para ambos os lados. No entanto, o Cruzeiro conseguiu diminuir um a pressão da Chapecoense. Aos 13 minutos, Leandro Guerreiro arriscou um chute de longe e assustou os torcedores da Chapecoense.
E tentando muito o ataque, os celestes acabaram fazendo o gol de empate. Aos 16 da etapa complementar, a aposta de Vágner Mancini deu resultado. Walter aproveitou cruzamento de Diego Renan e, sozinho na área, subiu para empatar: 1 a 1.
Logo depois do Gol, Mancini sacou Wellington Paulista, que não teve boa atuação, e pediu que Roger desse mais mobilidade ao meio-campo estrelado. A alteração não deu muitos resultados, já que deixou o setor de meia-cancha um pouco desguarnecido.
Aos 24, Rafael Mineiro desperdiçou boa chance pela direita. e aos 32, em um chute muito bonito, de primeira, obrigou Fábio a fazer grande defesa.
O jogo, que já estava aberto, ganhou mais qualidade ofensiva quando o técnico da Raposa sacou Diego Renan e apostou no meia-atacante veloz, Élber. O Cruzeiro utilizava muito o lado direito para atacar.
Em um desses lances ofensivos, o time mineiro cedeu o contra-ataque para a Chapecoense, que tentou o lançamento em profundidade para buscar o ataque. Só que Léo, zagueiro celeste, entrou de carrinho e o juiz entendeu como lance forte. Cartão vermelho.
Com um a menos, os chutões ficaram frequentes na defensiva azul. E a Chapecoense tentava apertar. Eber pegou a sobra dentro da área e chutou, mas Fábio, bem colocado no centro do gol, defendeu.
Aos 40 a Raposa até poderia ter desempatado, com Anselmo Ramon, que girou e bateu forte. Mas a bola passou do lado direito de Rodolpho. E o jogo terminou assim, empatado, com o Cruzeiro tendo que fazer o jogo da volta, na quarta-feira que vem, dia 18 de abril, em Sete Lagoas.


FICHA TÉCNICA
CHAPECOENSE 1 x 1 CRUZEIRO
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC).
Data: 11 de abril de 2012 (quarta-feira).
Hora: 21h50 (Horário de Brasília).
Arbitragem: Jean Pierre Gonçalves Lima. Auxiliado por José Javel Silveira e Lucio Beiersdorf Flor.
Cartões Amarelos: Willian, Neném, Athos e Wanderson (CHA); Leandro Guerreiro, Marcelo Oliveira e Diego Renan (CRU)
Cartões Vermelhos: Léo (CRU)
Gols: Souza -16 minutos do primeiro tempo (CHA); Walter - 16 minutos do segundo tempo (CRU)
CHAPECOENSE
Rodolpho; Fabiano, Leonardo, Souza (Dema, 21 minutos do segundo tempo), Eleomar, Wanderson, Diogo Roque, Athos, Neném, Willian (Rafael, Intervalo), João Paulo (Éber, 13 minutos do segundo tempo).Técnico: Itamar Schulle.
CRUZEIRO
Fábio; Diego Renan (Elber, 32 minutos do segundo tempo), Léo, Victorino, Everton; Marcelo Oliveira, Leandro Guerreiro, Montillo; Wallyson (Walter, Intervalo), Wellington Paulista (Roger, 17 minutos do segundo tempo) e Anselmo Ramon. Técnico: Vágner Mancini.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Janaúba: comunicamos o falecimento de Heloísie da Costa Silva

Na zona rural de Curvelo casal é encontrado morto; suspeita é de que o homem assassinou a mulher e se matou

Janaúba: batida entre caminhões na MGC-401 deixa três mortos