Mineradora chinesa e ruralistas divergem sobre venda de terras

Audiência pública ontem abriu investigação sobre reclamação dos ruralistas
Pequenos proprietários rurais da cidade de Grão Mogol, no Norte de Minas, questionam o comportamento da mineradora Sul Americana de Metais (SAM) na região. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Grão-Mogol, Lúcio Moreira Costa, a empresa estaria pressionando os agricultores a venderem suas terras abaixo dos preços de mercado.
Para apurar a denúncia, deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizaram uma audiência pública na cidade, na manhã de ontem. Segundo o deputado Rogério Corrêa (PT), há alguns casos que precisam de maior investigação. "Um dos agricultores disse que concordou em vender um pedaço de terra por R$ 70 mil, mas depois ficou sabendo que o contrato era para o terreno inteiro, avaliado em mais de R$ 24 milhões". Segundo o deputado, a audiência não contou com representantes da empresa e uma nova reunião, agora com membros do Ministério Público e de órgãos ambientais, será realizada em agosto em Belo Horizonte.
A empresa foi contatada,mas, até o fechamento da edição, não havia enviado nenhuma resposta.
Projeto. A SAM foi criada pela Votorantim Novos Negócios (VNN) em 2006, mas foi vendida para os chineses da Honbridge Holdings.
O único projeto da empresa é a produção de 25 milhões de toneladas de minério de ferro na mina de Grão-Mogo.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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