Cidade teve desvio milionário

Montes Claros. Mais uma vez a Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, comandada pelo prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB), está na mira da Polícia Federal. Dessa vez, como aponta a operação Laranja com Pequi, deflagrada ontem, pelo menos R$ 6 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos no esquema de fornecimento de merenda escolar pela Stillus Alimentação.
O esquema teria começado em 2009, após a administração municipal contratar a Iso Engenharia para avaliar a situação da merenda na cidade. A consultoria foi feita por Bruno Vidott, considerado o cabeça da quadrilha. Em apenas um dia, ele emitiu um relatório sobre uma vistoria em 150 escolas municipais e recomendou uma nova licitação. "A merenda, antes, era contratada de outra empresa, por R$ 2 milhões ao ano. Com esse relatório, o município passou a contratar a Stillus e a gastar R$ 12 milhões com a compra", denunciou o promotor Eduardo Nepomuceno.
Vidott, conforme a investigação, era o responsável pelos acertos na licitação fraudulenta e contava com a ajuda de servidores municipais para forjar as concorrências. Ao todo, cinco pessoas foram presas na cidade. Entre elas, o presidente do PMDB no município, vereador Athos Mameluque Mota, e a secretária de Educação, Mariléia de Sousa.
A situação política de Luiz Tadeu se complica a cada dia. Na semana passada, Montes Claros foi alvo da operação Máscara da Sanidade, também da PF. Com as denúncias, o prefeito anunciou que não vai tentar a reeleição. O outro pré-candidato natural do PMDB, até então, é o vereador preso ontem. Ninguém na prefeitura quis comentar o caso.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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