Atlético sofre e vence Ponte Preta com gol de Escudero aos 45 do segundo tempo
Sem Fillipe Soutto, Leandro Donizete, Serginho, Guilherme e Neto Berola, O Galo sofreu para criar e não conseguiu aproveitar os contra-ataques durante todo o jogo. No último lance, entretanto, os atleticanos 'acharam' a vitória.
Cerca de 5 mil pessoas foram ao Moisés Lucarelli para ver a Ponte na Série A após cinco anos. E os torcedores viram uma Macaca muito frágil, que pressionou no primeiro tempo com Somália e pouco criou no restante da partida.
Primeiro tempo
Animada pela torcida, que compareceu ao Moisés Lucarelli em uma tarde fria de domingo, a Ponte Preta começou assustando. Logo aos três minutos, Enrico cobrou escanteio na cabeça de Somália, que obrigou Giovanni e se esticar no ângulo para tocar na bola.
Seis minutos mais tarde o Atlético teve a primeira chance do campeonato. Em cruzamento de Mancini, a bola atravessou toda a pequena área e chegou a Rever, que perdeu o tempo da jogada e isolou. A chance mais clara surgiria aos 12, quando Carlos César ganhou na velocidade e lançou Bernard dentro da área. O camisa 11 tocou na saída de Lauro e a bola saiu rente à trave. Daí para frente, as chances seriam cada vez mais raras para o Galo.
Somália recolocou a Ponte no jogo aos 18, quando driblou Giovanni na pequena área e foi fominha: cruzou no vazio e Richarlyson cortou. Muito limitada, a Ponte pouco criou além disso. Errando muitos passes, o Atlético se limitou a arriscar contra-ataques e nada conseguiu.
Aos 20 foi a vez de Carlos César pecar por prender a bola. O lateral avançou sozinho, driblou Baraka na entrada da área e chutou para fora, enquanto André aparecia livre. O Galo só foi assustar novamente no último lance, quando André serviu de pivô para Mancini, que bateu cruzado pela direita e parou nas mãos de Lauro.
Para o segundo tempo, Cuca mexeu na defesa. Carlos César, com dores na coxa, deu lugar a Marcos Rocha. Leonardo Silva, após seis meses sem jogar, apareceu no lugar do amarelado Dudu Cearense.
Segundo tempo
Os times voltaram ainda mais apagados no segundo tempo. Nos primeiros 20 minutos, o Atlético não se acertava e abusava dos passes errados. Sem Somália, que acusou dores, a Ponte perdeu a rara fonte de criação e arriscava sem perigo. Aos 20, Roger recebeu na área e quase marca após Giovanni e Leonardo Silva baterem cabeça. No rebote, Renê Júnior perdeu com o gol livre e os donos da casa reclamaram de um pênalti após a bola tocar na mão do defensor.
Sem futebol, os times deram lições de como se mata um contra-ataque e o árbitro Francisco Nascimento distribuiu cartões amarelos. Marcos Rocha e Réver foram os atleticanos advertidos. Os passes errados também se mostraram firmes: 55 para a Ponte e 50 para o Atlético.
Nos últimos 15 minutos, percebendo a fragilidade do adversário, o Galo tentou pressionar e a Ponte, assustada, se retraiu. Bernard errando passes curtos, André dominando na canela e Escudero sem ação irritaram Cuca.
Richarlyson, somente aos 40, chutou forte de fora da área e obrigou Lauro a mandar com dificuldade para escanteio. Quando o empate parecia certo, Escudero aproveitou o bate-rebate para testar para o fundo das redes, da meia lua, e selar a vitória.
PONTE PRETA 0 X 1 ATLÉTICO
1ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Moisés Lucarelli - Campinas-SP
19 de maio de 2012
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL)
Assistentes: Fábio Pereira e Carlos Jorge Rocha
Cartões amarelos: Ferrón, Cicinho, Renê Junior (Ponte Preta)
Dudu Cearense, Richarlyson, Bernard, Marcos Rocha, Réver (Atlético)
PONTE PRETA
Lauro; Cicinho, Ferron, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, João Paulo, Somália (Renê Junior) e Enrico (André Luís); Tony (Nadson) e Roger. Técnico: Gilson Kleina
ATLÉTICO
Giovanni; Carlos César (Marcos Rocha), Réver, Rafael Marques e Richarlyson; Pierre, Dudu Cearense (Leonardo Silva), Bernard e Mancini (Escudero); Danilinho e André. Técnico: Cuca
Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com
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