Em Curvelo justiça condena homem a 22 anos de prisão por matar a ex-esposa

Elida Cássia foi morta pelo ex-marido — Foto: Reprodução/Facebook

(Por Nátila Gomes e Lorena Lemos, g1 Grande Minas) O acusado de matar a ex-esposa a tiros, em Curvelo, foi condenado a 22 anos de prisão nesta quinta-feira (1º). Roberto Fernandes de Matos matou Élida Cássia de Souza com três tiros enquanto dormia. O crime aconteceu em 2018, porque o homem não aceitava o fim do relacionamento.

A sentença atribuída ao réu foi estabelecida de acordo com denúncia do Ministério Público, por homicídio triplamente qualificado, sendo por motivo fútil e contra mulher, ou seja, feminicídio. A sessão de júri popular aconteceu no Fórum Dr. Newton Gabriel Diniz.

Após o julgamento, o Ministério Público se manifestou por meio de nota. “Após oitiva de testemunhas em plenário e interrogatório do réu, o promotor de justiça Sérgio Álvares Contagem, titular da 1ª Promotoria Criminal, sustentou a prática do homicídio triplamente qualificado praticado por Roberto em face de sua ex-amásia. Na sequência, a defensoria pública apresentou a tese defensiva. Ao final, os jurados decidiram pela condenação do réu, nos exatos termos sustentados pelo Ministério Público, tendo o juiz de direito prolatado sentença condenando o acusado a 22 anos de reclusão, negando-lhe o recurso em liberdade diante da permanência dos motivos que ensejam a sua prisão preventiva. O Ministério Público reafirmou o seu compromisso com a defesa da vida e a luta intransigente pelo enfrentamento dos crimes de feminicídio e de toda forma de violência de gênero contra a mulher”.

Procurada pelo g1, a defesa do condenado não quis informar se vai recorrer da decisão.

Entenda o caso
Elida Cássia, que na época tinha 43 anos, foi surpreendida por Roberto, que invadiu a residência dela no bairro Lúcio Cardoso, e atirou através da janela de um dos quartos. A vítima foi atingida por três disparos, um na cabeça e dois no pescoço, enquanto estava dormindo.

O homem já tinha passagens pela polícia por lesão corporal, mas não havia medidas restritivas que o impediam de chegar próximo da mulher. Vizinhos de Élida Cássia ouviram os disparos e acionaram a polícia. A vítima chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Imaculada Conceição, mas ela não resistiu aos ferimentos.

Também na época, a Polícia Civil confirmou que Élida tinha sido espancada pelo companheiro uma semana antes do crime e que ela tinha registrado Boletim de Ocorrência. Roberto Fernandes usou um carro para arrombar o portão da casa dela e invadir um dos quartos.

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