Norte de Minas Gerais na Rota do Mel amplia as possibilidades de mercado para apicultores
Setor com grande potencial de expansão, a apicultura no Brasil é responsável pela geração de mais de 350 mil empregos diretos e indiretos (IBGE). Para impulsionar e apoiar a produção do alimento, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) criou a Rota do Mel, por meio da Estratégia Rotas de Integração Nacional.
O desenvolvimento da atividade de forma sustentada pode constituir importante mecanismo de promoção econômico-social de amplos segmentos da população rural, que formam a maior parcela entre os trabalhadores dessa atividade. Além da melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais, a apicultura contribui fortemente para disseminar a consciência ambiental, já que a disponibilidade de matéria-prima depende da vitalidade floral dos territórios onde é praticada.
Política pública
Presidente da Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (COOPEMAPI), Luciano Fernandes celebra a criação da Rota do Mel. Ele afirma que a iniciativa do MDR proporcionou melhorias significativas na economia local. “Várias melhorias chegaram a partir da Rota do Mel. Antes não existia planejamento, discussão sobre boas práticas e a cadeia de produção não era articulada. Passamos a ter treinamento e melhor estruturação, apoio na comercialização e incentivo à participação em feiras nacionais e internacionais”, diz.
Ele conta que a Estratégia profissionalizou a atuação dos apicultores na região. “Os apicultores não sabiam onde adquirir nem como utilizar embalagens adequadas, e acabavam entregando o produto em qualquer embalagem. Também não havia laboratórios, então não conseguíamos colocar o produto no mercado com valor agregado”, aponta.
“Passamos a receber apoio na assistência técnica, estruturação física e comercialização, em todas as etapas, o que permitiu a expansão e melhoria do mercado regional do mel, com mais apicultores, e o desenvolvimento da apicultura no norte mineiro. Em outros locais não alcançados pela Rota do Mel não se vê o mesmo desenvolvimento a nível de conhecimento e agregação de valor”, conclui.
Incentivo
A coordenadora-geral de Sistemas Produtivos e Inovadores do MDR, Valquíria Rodrigues, reforça a importância das Rotas de Integração Nacional para os setores apoiados.
"A Estratégia Rotas de Integração Nacional incentiva a criação de redes de cooperação e parceria entre órgãos e entidades federais, estaduais e municipais, bem como entre produtores, empresários, universidades e com os organismos de cooperação técnica internacional. Essa parceria tem contribuído para o desenvolvimento de um sistema eficaz de governança regional, com ações entre os agentes públicos ou privados, seja na gestão do financiamento, da capacitação, ou infraestrutura", diz.
"Os resultados têm impacto positivo na geração de empregos e renda, fomenta a segurança, soberania alimentar e nutricional, estimulando o uso eficiente dos recursos naturais e exercício da cidadania", completa.
Todas as informações sobre a Rota do Cacau e das outras dez Rotas em funcionamento podem ser acessados na Plataforma Rota-S, que conta com uma página na internet e com uma versão para smartphones, disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos com o nome Rotas de Integração Nacional.
Rotas de Integração Nacional
As Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Buscam promover a coordenação de ações públicas e privadas em polos selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão produtiva, inovação e o desenvolvimento regional.
Atualmente, há 11 Rotas reconhecidas: do Açaí, da Biodiversidade, do Cacau, do Cordeiro, da Economia Circular, da Fruticultura, do Leite, do Mel, da Moda, do Pescado e da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
“As Rotas têm esse caráter de promover o desenvolvimento regional, beneficiando milhares de pessoas que integram essa iniciativa”, disse o diretor de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Francisco Soares Júnior. “E a Rota-S vai facilitar o intercâmbio de informações entre os produtores para desenvolvermos ainda mais as Rotas”, reforçou.
Além dos milhares de pequenos produtores familiares beneficiados com a geração de emprego e renda, as Rotas contribuem na produção de alimentos regionais de qualidade e a preços acessíveis. Estima-se que nos últimos anos foram produzidos mais de 1,5 milhão de litros de leite e derivados nos polos da Rota do Leite; cerca de 157 mil toneladas de cacau e derivados pelos polos da Rota do Cacau; 161 toneladas de açaí; 940 toneladas de mel e derivados; 1,2 milhão de toneladas de frutas diversas pela Rota da Fruticultura.
Já a Rota do Cordeiro, a estimativa é de um rebanho de 14 milhões de cordeiros e na do peixe, 841 mil toneladas. Há, ainda, os produtos provenientes da biodiversidade, que somam cerca de 22 de toneladas.
Seminário internacional
Na última terça-feira (9), o MDR promoveu a primeira parte de um seminário internacional para apresentar a Estratégia Rotas de Integração Nacional e a Plataforma Rota-S a representantes de 12 países: Ao todo, cerca de 180 pessoas participaram do encontro virtual. Na próxima terça-feira (16), a partir das 9h30, acontece o segundo dia do seminário internacional. A sessão pode ser acessada por este link. Os participantes poderão receber certificados mediante cadastro.
O Seminário é realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (IPPDS) e o Instituto Avaliação.
Atualmente, a Rota do Mel conta com 9 polos estruturados: Polo Apícola do Norte de Minas Gerais (MG), Polo do Mel de Jandaíra (RN), Polo do Mel do Pampa Gaúcho (RS), Polo do Mel dos Campos de Cima da Serra (RS), Polo dos Sertões de Crateús e Inhamuns (CE), Polo do Mel do Semiárido Piauiense (PI), Polo do Mel do Semiárido Baiano (BA), Polo do Sudeste do Pará (PA) e Polo do Mel do Caparaó e Sul Capixaba (ES). A política pública alcança mais de 4 mil produtores, de 265 municípios. O volume de produção ultrapassa 9 mil toneladas do alimento.
O desenvolvimento da atividade de forma sustentada pode constituir importante mecanismo de promoção econômico-social de amplos segmentos da população rural, que formam a maior parcela entre os trabalhadores dessa atividade. Além da melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais, a apicultura contribui fortemente para disseminar a consciência ambiental, já que a disponibilidade de matéria-prima depende da vitalidade floral dos territórios onde é praticada.
Política pública
Presidente da Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (COOPEMAPI), Luciano Fernandes celebra a criação da Rota do Mel. Ele afirma que a iniciativa do MDR proporcionou melhorias significativas na economia local. “Várias melhorias chegaram a partir da Rota do Mel. Antes não existia planejamento, discussão sobre boas práticas e a cadeia de produção não era articulada. Passamos a ter treinamento e melhor estruturação, apoio na comercialização e incentivo à participação em feiras nacionais e internacionais”, diz.
Ele conta que a Estratégia profissionalizou a atuação dos apicultores na região. “Os apicultores não sabiam onde adquirir nem como utilizar embalagens adequadas, e acabavam entregando o produto em qualquer embalagem. Também não havia laboratórios, então não conseguíamos colocar o produto no mercado com valor agregado”, aponta.
“Passamos a receber apoio na assistência técnica, estruturação física e comercialização, em todas as etapas, o que permitiu a expansão e melhoria do mercado regional do mel, com mais apicultores, e o desenvolvimento da apicultura no norte mineiro. Em outros locais não alcançados pela Rota do Mel não se vê o mesmo desenvolvimento a nível de conhecimento e agregação de valor”, conclui.
Incentivo
A coordenadora-geral de Sistemas Produtivos e Inovadores do MDR, Valquíria Rodrigues, reforça a importância das Rotas de Integração Nacional para os setores apoiados.
"A Estratégia Rotas de Integração Nacional incentiva a criação de redes de cooperação e parceria entre órgãos e entidades federais, estaduais e municipais, bem como entre produtores, empresários, universidades e com os organismos de cooperação técnica internacional. Essa parceria tem contribuído para o desenvolvimento de um sistema eficaz de governança regional, com ações entre os agentes públicos ou privados, seja na gestão do financiamento, da capacitação, ou infraestrutura", diz.
"Os resultados têm impacto positivo na geração de empregos e renda, fomenta a segurança, soberania alimentar e nutricional, estimulando o uso eficiente dos recursos naturais e exercício da cidadania", completa.
Todas as informações sobre a Rota do Cacau e das outras dez Rotas em funcionamento podem ser acessados na Plataforma Rota-S, que conta com uma página na internet e com uma versão para smartphones, disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos com o nome Rotas de Integração Nacional.
Rotas de Integração Nacional
As Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Buscam promover a coordenação de ações públicas e privadas em polos selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão produtiva, inovação e o desenvolvimento regional.
Atualmente, há 11 Rotas reconhecidas: do Açaí, da Biodiversidade, do Cacau, do Cordeiro, da Economia Circular, da Fruticultura, do Leite, do Mel, da Moda, do Pescado e da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
“As Rotas têm esse caráter de promover o desenvolvimento regional, beneficiando milhares de pessoas que integram essa iniciativa”, disse o diretor de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Francisco Soares Júnior. “E a Rota-S vai facilitar o intercâmbio de informações entre os produtores para desenvolvermos ainda mais as Rotas”, reforçou.
Além dos milhares de pequenos produtores familiares beneficiados com a geração de emprego e renda, as Rotas contribuem na produção de alimentos regionais de qualidade e a preços acessíveis. Estima-se que nos últimos anos foram produzidos mais de 1,5 milhão de litros de leite e derivados nos polos da Rota do Leite; cerca de 157 mil toneladas de cacau e derivados pelos polos da Rota do Cacau; 161 toneladas de açaí; 940 toneladas de mel e derivados; 1,2 milhão de toneladas de frutas diversas pela Rota da Fruticultura.
Já a Rota do Cordeiro, a estimativa é de um rebanho de 14 milhões de cordeiros e na do peixe, 841 mil toneladas. Há, ainda, os produtos provenientes da biodiversidade, que somam cerca de 22 de toneladas.
Seminário internacional
Na última terça-feira (9), o MDR promoveu a primeira parte de um seminário internacional para apresentar a Estratégia Rotas de Integração Nacional e a Plataforma Rota-S a representantes de 12 países: Ao todo, cerca de 180 pessoas participaram do encontro virtual. Na próxima terça-feira (16), a partir das 9h30, acontece o segundo dia do seminário internacional. A sessão pode ser acessada por este link. Os participantes poderão receber certificados mediante cadastro.
O Seminário é realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (IPPDS) e o Instituto Avaliação.
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