Montes Claros: Julgamento de homem denunciado por matar locutor de rádio é suspenso

Rogério Câmara foi assassinado 
em Montes Claros. — Foto: Arquivo Pessoal

(Por g1 Grande Minas) O julgamento do homem denunciado por matar o locutor de rádio Rogério Câmara de Jesus, em Montes Claros, foi suspenso. A sessão estava sendo realizada nesta terça-feira (9).

O assassinato aconteceu em 15 de agosto de 2014. O comunicador tinha 31 anos e estava em frente de casa, no bairro Dona Gregória, quando foi atingido a tiros.

“Houve uma arguição da defesa de nulidade do ato praticado hoje no julgamento, porque teria sido usado um documento que não estava juntado no processo. De fato, houve um equívoco nesse sentido, o documento não estava disponibilizado dentro do processo, então a defesa não tinha tido acesso a ele com antecedência”, explicou o juiz Geraldo Andersen de Quadros Fernandes.

Ainda conforme o magistrado, a defesa terá acesso ao documento e um novo julgamento deve ser marcado, ainda sem data prevista.

“Esse depoimento não constava no processo e, por isso, a gente teve que requerer a nulidade para que o juiz dissolvesse o conselho de sentença para que a defesa não fosse prejudicada em razão desse depoimento que não tivemos a oportunidade de ter acesso. Foi um depoimento que trouxe fatos novos ao processo e que a gente não teve o tempo de refletir e de confirmar as informações, isso traria total prejuízo ao réu", falou a defensora pública Nicoly Lins Gonzaga.

O Ministério Público de Minas Gerais pede a condenação do denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele já está preso.

Segundo o MPMG, o homem é apontado como responsável por atirar contra Rogério de Jesus. Na época, a informação era de que o alvo seria outra pessoa.

A promotora Maria Cristina dos Santos Almeida confirmou que a defesa não teve acesso ao documento por um equívoco e disse ainda que espera que uma nova sessão seja marcada o mais rápido possível já que "o fato é de longa data e que causou grande repercussão na sociedade.”

Ela ainda citou que o julgamento é importante porque o MPMG “tem um arcabouço comprobatório imenso referente não só aos fatos, mas também aos demais envolvimentos do acusado com esse e outros fatos, que ele pretendia extinguir os processos com falsidade ideológica, falsificando documento para alegar que estava morto, etc."

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