Em São João da Ponte, militar é suspeito de matar jovem e mudar a cena do crime

(R7) Um policial militar é suspeito de matar um jovem com um tiro nas costas e mudar a cena do crime em São João da Ponte, no norte de Minas Gerais. Marcos Antônio Dias, de 19 anos, foi baleado quando pilotava uma motocicleta em uma área afastada da cidade e morreu na hora. Já o policial confessou o crime, mas alegou legítima defesa.
Segundo Wagno Alves Pereira, de 24 anos, que estava na garupa da motocicleta de Dias, ele e o amigo seguiam em direção à casa de sua ex-mulher por volta de 22h30 quando viram um carro prata parado em uma rua de terra. Ele então pensou que pudesse ser sua ex-companheira e pediu que a vítima passasse com a moto bem próximo do veículo para que ele conseguisse ver os ocupantes.
Após constatar que não era a mulher, ele e o amigo foram embora. Mas, quando já estavam na esquina, a testemunha ouviu um tiro e alertou o motociclista para que acelerasse o veículo.
— Assim que eu escutei o barulho do tiro, eu agarrei na cintura dele e falei: "Marquinho, acelera que é um tiro". Aí, ele acelerou e, até então, eu só tinha ouvido o barulho do tiro e sentido a bala passando perto. Mas, ainda não sabia que ele tinha sido atingido porque ele ainda estava acelerando. Eu só percebi quando a moto começou a tombar.
Dias morreu na hora e o Boletim de Ocorrência registrado sobre o homicídio não traz nenhuma informação sobre o suspeito. Porém, dois dias depois do crime, o soldado da PM (Polícia Militar), Ederson Rocha Batista, de 33 anos, se apresentou como autor do disparo que matou Dias. Ainda segundo Pereira, após o crime, ele viu o carro do autor na garagem da sede da PM em São João da Ponte.
— A minha colega, que me levou, chegou a ver um Siena prata dentro da garagem e outro colega que foi à polícia levar alguns documentos também viu o carro lá e com os pneus sujos de terra. Falam que ele entrou lá [no batalhão], vestiu a farda e foi para o local do crime.
Além disso, há suspeitas de que Batista tenha modificado a cena do crime e recolhido a bala. Mas, ao ser ouvido na sede da Polícia Civil, o soldado informou que estava dentro do carro com uma mulher e que atirou porque pensou que seria alvo de um assalto. O militar é casado e a pessoa que estava com ele no veículo ainda não foi identificada.
Em nota, a PM informou que o soldado não foi afastado de suas funções. Ele também não foi preso já que se apresentou após o flagrante. Entretanto, alguns dias após o fato, o militar entregou um atestado médico e não está trabalhando.

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