Presa a mulher que traficava crianças do Norte de Minas
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Capturada. Suspeita de negociar crianças foi investigada por dois meses até ser presa, anteontem |
Investigações feitas em São Paulo apontam que a mulher levaria o bebê para a Europa. "A criança seria enviada para a Itália. A mulher presa é brasileira, mas tem documentos italianos. As denúncias apontavam que a mulher convencia gestantes em comunidades pobres a entregar os bebês com a promessa de dar uma vida melhor a eles", disse o delegado paulista Márcio Martins Mathias.
Ainda de acordo com a delegada, as investigações começaram depois de denúncia anônima de que a mulher estaria tentando conseguir crianças em comunidades pobres na cidade de São Francisco, também no Norte de Minas. "Ela se aproximava das famílias dizendo que tomaria conta das crianças e que daria suporte financeiro aos menores".
Segundo a delegada, em São Francisco, Maria José Rodrigues não teria conseguido obter crianças, mas o fato de ter ido à região várias vezes e abordar as famílias levantou a suspeita sobre o possível tráfico internacional de crianças. "Ela é casada com um italiano, já é reincidente neste tipo de crime e sempre procurava crianças", afirmou a policial.
Ainda segundo a delegada, as investigações continuarão em parceria com equipes de São Paulo. O objetivo é localizar pelo menos outras quatro pessoas que estariam envolvidas no esquema. "Ela (suspeita) tem mais contatos em Minas, mas ainda não sabemos se essas pessoas são de Minas ou de São Paulo".
A suspeita foi ouvida em São Paulo. Policiais brasileiros tentam, com a ajuda de investigadores na Itália, localizar o marido da suspeita. Ele também deverá ser interrogado. (Com agência)
Suspeita fazia registros falsos de recém-nascidosBelo Horizonte. Aos policiais paulistas, a adolescente que entregaria o filho em troca de R$ 500 contou que Maria José Rodrigues prometeu que iria assumir a guarda da criança clandestinamente. A suspeita, segundo a adolescente, reafirmava a todo momento que iria garantir uma vida melhor à criança. Em Minas Gerais, a delegada Karine Costa teve informações de que a suspeita tentava fazer registros falsos para crianças que comprava.
Os encontros entre a suspeita e a adolescente foram acompanhados por investigadores ainda no hospital, onde aconteceu o parto. Devido a complicações pós-parto, a adolescente precisou ficar internada por 15 dias.
A mãe do bebê teria confirmado à polícia que tinha intenções de entregar a criança à suspeita e revelou aos investigadores o nome de outras pessoas que teriam intermediado o contato entre ela e Maria José. A adolescente foi levada para a Fundação Casa, antiga Febem, e a criança ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com
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