A exemplo de Janaúba, Polícias Civil e Militar se unem para acabar com o tráfico de drogas em Januária

O combate ao tráfico de drogas é a grande preocupação das autoridades. Em Januária, Norte de Minas, as polícias Civil e Militar se uniram para diminuir os índices de criminalidade. Em dois anos, cerca de 200 pessoas foram presas ou apreendidas por envolvimento no crime.
Segundo o delegado, Raimundo Nonato, as medidas têm dado o efeito esperado: o tráfico de drogas na cidade se estabilizou e a expectativa é que diminua. "Quando você faz um combate sistemático de drogas você ceifa muitas ações criminosas, dentre elas o homicídio", explica o delegado que lembra ainda que "há seis anos a gente tinha aqui em Januária uma incidência muito grande de crimes ligados ao tráfico de drogas. Com essas ações efetuadas, não só pela Polícia Civil como também pela Polícia Militar, houve um decréscimo acentuado [de crimes]".
O combate é realizado através de parcerias. Para o comandante da Polícia Militar, Major Edvar Souza, os desafios são vários. "Nós encontramos entraves legais. A lei que criminaliza o tráfico, a venda e aquisição, e descriminaliza o uso", critica. Uma das ações integradas entre as polícias foi uma operação realizada no dia dois de fevereiro. Na ocasião, além de crack e maconha, foram apreendidos R$6.000 e celulares.


Consequências
Aos 25 anos, Carlos Alberto (nome fictício) conhece bem os efeitos da droga. Ele começou a usar entorpecentes aos quatorze anos de idade e há três experimentou crack. "[Eu] ficava na rua até tarde. Não dormia direito. Não comia. Mal, mal bebia água. Era muito ruim mesmo", desbafa.
Depois de perder o emprego, Carlos Alberto decidiu que era hora de parar. Há seis meses ele está internado em uma fazenda de recuperação. O lugar é administrado pela irmã Vera que se emociona ao falar da relação dos jovens com o tráfico. "Às vezes, alguns não têm nem costume de receber afeto, receber carinho, de ser tratado como pessoas. Não se reconhecem como filhos de Deus, com aquela beleza que Deus criou".
Quem quiser ajudar o projeto Mão Amiga, desenvolvido na fazenda de recuperação, pode ligar para o número: 9110-5459.



Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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