Em Corinto, professor de escola é indiciado por assédio sexual e ameaça a alunos
(Por Nátila Gomes, g1 Grande Minas) Um professor, de 36 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por assédio sexual e ameaça a alunos, em Corinto, na região Central de Minas Gerais.
Conforme a PC, os crimes foram cometidos no final de maio deste ano em uma escola municipal. A investigação iniciou por solicitação do Ministério Público, após reunião com a direção da escola e os alunos da turma que denunciaram a conduta do professor.
“Servidoras da escola municipal foram procuradas por alunos do 9º ano, todos menores de 18 anos, que denunciaram constrangimento por parte do professor com a finalidade de obter favorecimento sexual. O investigado ministrou aulas de história em substituição à professora titular”, detalhou a nota da PC divulgada para a imprensa.
Os alunos, tanto vítimas, quanto testemunhas, disseram à polícia que durante o horário de aula, o investigado teria realizado um jogo denominado “verdade ou desafio”, que consiste em girar uma garrafa e, para quem o gargalo apontar, é feita uma pergunta. Nesse momento, o professor teria aproveitado para realizar questionamentos aos alunos, sempre de forma invasiva e com temas de abordagem sexual.
“Os estudantes contaram, ainda, que eram feitas perguntas íntimas sobre a vida e a orientação sexual deles, sendo que o professor também contava sobre práticas sexuais próprias, além de mostrar fotos dele despido ou em roupas íntimas”, disse a nota.
Ainda segundo relatos, na mesma ocasião, o suspeito teria pedido para uma aluna, de 14 anos, a desafiar outro estudante, de 16, a beijar o professor. Como a menina se recusou a fazer a pergunta, o suspeito foi em direção ao adolescente, com intuito de beijá-lo, quando o aluno abaixou a cabeça.
Após a denúncia dos alunos à direção da escola, o professor foi advertido e afastado temporariamente das funções, de forma administrativa e, posteriormente, o contrato não foi renovado. Devido a esse afastamento, o suspeito teria ameaçado duas alunas de morte.
O inquérito policial foi concluído nesta quarta-feira (08) e encaminhado à Justiça. Segundo a Polícia Civil, caso condenado, o suspeito pode pegar mais de 20 anos de prisão, somando as penas de todos os possíveis crimes cometidos.
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