Depressivo, ex-funcionário da Caixa em Janaúba é encontrado morto
Nos últimos anos Minas Gerias alcançou a segunda maior taxa de suicídios no Brasil. E isso fica claro com a quantidade absurda desse tipo de morte que os noticiários estão divulgando.
Ainda não há confirmação oficial sobre o motivo da morte, mas nesta terça-feira (20), o ex-funcionário da Caixa Econômica Federal em Janaúba, Vilmar Correia Barbosa, foi encontrado morto. A principio foi divulgado que ele estava desaparecido, e que estaria depressivo. Infelizmente ele foi encontrado sem vida. As causas da morte serão apuradas.
Minas Gerais tem o segundo maior número de casos de suicídio
Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de suicídios no Brasil. É o que aponta um levantamento do DataSUS, plataforma que concentra informações relativas à saúde no Brasil. O país registrou aumento de 35% entre 2011 e 2020. Observar os sinais e falar sobre o tema, que ainda segue tratado como tabu, é essencial, conforme destaca especialista.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. Explicar a causa exata para isso é “difícil”, como explica a psicóloga Clícia Nascimento, que atua no Hospital Semper.
“É difícil pensar isoladamente o porquê de tantos suicídios nessa faixa etária, mas é bom lembrar que o nosso Estado tem grande número de jovens. Não existe fator isolado, por isso, que ressaltamos que o suicídio é questão de saúde pública”, afirma.
Minas Gerais aparece em segundo lugar no ranking dos Estados com o maior número de ocorrências tendo registrado 12.645 casos no período analisado no levantamento. São Paulo lidera com 20.667 óbitos por lesão autoprovocada. Rio Grande do Sul (11.342), Santa Catarina (6.338) e Paraná (6.218) ocupam, respectivamente, a terceira, quarta e quinta posição.
A pressão existente na sociedade para o público da idade dos 15 aos 29 anos é mais um fator que ajuda a entender a razão dos auto extermínios. “O período da adolescência e juventude é de movimento humano e consideremos de crise maior. Onde eles experimentam mudanças corporais e comportamentais. Também é um momento de cobrança externa. Nossa sociedade impõe uma cultura de urgência para ter emprego, formação e isso ajuda. Ou seja, há a cobrança externa e interna”.
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