Bom Despacho tem suspeita de varíola dos macacos, SES-MG investiga o caso



(Por g1 Centro-Oeste de Minas — Bom Despacho) Um caso suspeito de varíola dos macacos está em investigação em Bom Despacho. A informação foi divulgada no boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) nesta sexta-feira (29), com informações de atualização às 11h de quinta (28). É o terceiro caso suspeito registrado na região.

Ao g1, a Prefeitura disse que não irá repassar detalhes sobre o paciente com a suspeita da doença. Entretanto, informou que ele está isolado em casa e as equipes de saúde estão acompanhando o caso.

Casos suspeitos na região
Pará de Minas foi a primeira cidade do Centro-Oeste de Minas a registrar um caso suspeito da doença, em junho. Entretanto, no dia 30 de junho a Secretaria Municipal de Saúde informou que o caso havia sido descartado. Apesar dessa informação, a SES-Mg só oficializou o descarte no boletim do dia 16 de julho.

Um caso suspeito da doença também havia sido registrado no início de julho em Papagaios, mas foi descartado pela SES-MG. A pessoa reside em outro país, segundo o informativo.

O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;

De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;

Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;

Da mãe para o feto por meio da placenta;

Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Situação no estado
Até o momento, 44 casos da doença foram confirmados em Minas Gerais. Destes, todos são pessoas do sexo masculino, com idades entre 22 e 48 anos, em boas condições clínicas. Entretanto, um caso está em acompanhamento hospitalar, devido condição imunossupressora anterior.

Segundo a SES-MG, em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados. Somente em Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária.

Ainda de acordo com a pasta, demais dados quanto aos casos não serão divulgados para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP).

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