Presépio de Grão Mogol recebe a 14ª escultura

Presépio de Grão Mogol recebe a 14ª escultura
Comparar a notícia do surgimento do Presépio Mãos de Deus, em Grão-Mogol, com o impacto de um bólido vindo do espaço, não é nenhum exagero. A notícia se multiplica a cada dia mais pelo mundo, 70 vezes sete, por todos os meios e principalmente o boca a boca.
Foi por intermédio da mídia que a professora aposentada da UFMG e UEMG, Regina Almeida, integrante do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) e da Academia Feminina de Letras de Minas Gerais soube da existência do presépio em Grão-Mogol. Movida “pela fé e pela cultura”, ela contou, reuniu 20 pessoas da Pastoral da Comunicação da Paróquia São João Evangelista, no bairro Serra, em Belo Horizonte, e rumou com elas para Grão-Mogol.
Foram de avião a Montes Claros e de ônibus completaram o roteiro. “Foi uma viagem abençoada”, disse. Regina lidera o grupo de atuação dinâmica no seio da paróquia, e com a experiência de mais de cem países visitados por ela e alguns dos paroquianos também, diz nada igual ter visto no mundo, a não ser o presépio do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida do Norte (SP).
Todos os personagens do grupo “ficaram impressionados com a obra, feita com recursos próprios do sr. Lúcio Bemquerer, que nos recebeu muito bem”, acentuou Regina. O dinamismo dela tem por missão “elevar o nível da fé e da cultura”.
Das 17 esculturas de personagens bíblicos, testemunhas do nascimento do Menino Jesus previstas para povoar o presépio, 14 já estão instaladas em seus devidos nichos, algumas em pedra sabão e outras em cimento.
Nunca Grão-Mogol recebeu visita de tanta gente fazedora de opinião como tem acontecido nesses últimos oito meses, atraídas pelo presépio e as belezas naturais do município, como serras, cavernas, grutas, cachoeiras e as casas de pedras feitas por escravos do século XVIII, além da catedral de Santo Antônio e as ruas seculares calçadas de pedras. A cidade surgiu com o garimpo de diamantes e ficou como que estagnada durante décadas. A inauguração do presépio deu a Grão-Mogol outra motivação.
Uma folheada no livro de visitas, no qual as pessoas apõem a assinatura, se poderá constatar a origem dos visitantes. Nos finais de semana sempre chegam ônibus de turistas religiosos, como que seguindo a “estrela” do presépio, obra permanente e a céu aberto, tida como a maior do mundo na sua categoria.
Como costuma dizer o autor da obra, Lúcio Bemquerer, o presépio ali estava desde milhões de anos. O que ele fez além de enxergar o que estava coberto pelo mato foi dar ao local a infraestrutura necessária para receber os visitantes, priorizando as pessoas com necessidades especiais, os cadeirantes.
Recentemente, o presépio recebeu a visita do cardeal dom Serafim Fernandes de Araújo, que lá rezou uma missa para mais de quatro mil pessoas, o que foi considerado o maior acontecimento de Grão-Mogol, para a sua população de mais de sete mil habitantes.
O município dispõe de um hotel confortável – Paraíso das Águas, com 34 apartamentos – e possui temperatura agradável, parece estar dentro de um microclima, o que sugere aos visitantes internacionais a comparação com o clima europeu. Fora do município, a sensação de mudança da temperatura é nítida quando o visitante se aproxima de Francisco Sá e, principalmente, de Montes Claros, cuja BR 251 devia ser duplicada imediatamente, devido ao volume intenso do tráfego de carretas, cegonheiras e ônibus.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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