Candidatos de MG aparecem como analfabetos por erro em registro

Quinze concorrentes ao cargo de vereador tiveram a candidatura deferida em Minas Gerais, apesar de aparecerem como analfabetos no registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em todos os casos, o que houve foi um erro no momento em que a candidatura foi registrada. Ainda segundo órgão, os 15 concorrentes comprovaram, ao menos, ler e escrever.
Em Alto Caparaó, na Zona da Mata, o candidato Geneci Pinheiro (PT) foi registrado como analfabeto. De acordo com o TRE, entretanto, ele escreveu um documento e comprovou a alfabetização. Em Ataléia, no Vale do Mucuri, o erro ocorreu com Daniel Costa de Oliveira (PP), que aparecerá na urna com o nome de Super Bom. Segundo a Justiça Eleitoral, ele não tem a documentação de escolaridade, mas foi submetido a um teste de alfabetização que comprovou que sabia ler e escrever.
Já em Buritizeiro, no Norte de Minas, houve problemas com o cadastro de Sebastião Divino (PSDC). Apesar de aparecer como analfabeto, o candidato escreveu e confirmou que era alfabetizado, conforme informou o tribunal. No caso de Enio Rosa (PV), que concorre a uma vaga na Câmara de Caratinga, no Vale do Rio Doce, o problema no registro do nível de escolaridade foi causado por um erro do partido. Segundo o TRE, o candidato apresentou o histórico escolar, comprovando não ser analfabeto.
O concorrente José Roberto (PRB), de Entre Folhas, também no Rio Doce, fez uma declaração de próprio punho para mostrar que era alfabetizado. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, esse tipo de comprovação é permitido por lei. Na mesma região, em Inhapim, Maria José Melo Ribeiro, a Zezé (DEM) errou na hora de preencher o registro. Para solucionar o engano, ela apresentou declaração do colégio onde estudou, conforme o tribunal.
Em Jacinto, no Vale do Jequitinhonha, José Venerando de Sousa (PP), que aparecerá nas urnas como Degão, fez um teste, comprovando ser alfabetizado. Segundo o TRE, a falha em relação ao nível de escolaridade foi motivada por um erro de digitação do partido. José Gomes Lira (PT), o Nego do PT, fez uma declaração de próprio punho que confirmou que era alfabetizado em Januária, no Norte do estado.
Em Jequitinhonha, no Vale do Jequitinhonha, a candidata Marlene de Cizinho (PDT) mostrou o diploma para comprovar escolarização. O TRE acredita que houve erro de digitação. A candidata Etiene Santigo (PR), de Minas Novas, na mesma região, aparecia como analfabeta apesar de ter segundo grau completo. A Justiça Eleitoral informou que o erro foi corrigido.
José Divino Siqueira Cartilho (PSL), que concorre ao cargo de vereador em Paracatu, no Noroeste de Minas, completou a 5ª série. Ao apresentar certificado de escolaridade, e provou não ser analfabeto, de acordo com o tribunal. Jefferson Ferreira Saraiva (PSD) aparecerá nas urnas de Paraopeba, na Região Central, como Jefinho-Neto do Ruy Carroceiro. No caso deste candidato, conforme a Justiça Eleitoral, também houve preenchimento incorreto. Ele tem ensino médio como grau de instrução.
Em Pirangunho, no Sul de Minas, João Dias (PMDB) também foi registrado como analfabeto. O Tribunal Regional Eleitoral informou que, no dia 20 de julho, o candidato fez um teste e passou. Em Rio Pardo de Minas, na Região Norte, o erro foi percebido no registro de Raimundo Ferreira Costa (PSDC). Ele comprovou ter ensino fundamental incompleto.
Vicente Lima (PRB), de São João Abade, no Sul de Minas, também percebeu o erro a tempo. Ele apresentou declaração de próprio punho e entregou dentro do prazo da notificação, conforme o TRE.
Segundo a legislação, analfabetos são inelegíveis e, para eles, o voto é facultativo
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Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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