Janaúba (MG) – A busca por uma educação pública mais segura, disciplinada e voltada para a formação cidadã mobilizou os vereadores eleitos por Janaúba, Sargento Almir e Américo Soares, que estiveram nesta semana na sede da Superintendência Regional de Ensino em Janaúba, para tratar de uma pauta estratégica: a adesão do município ao modelo de Escolas Cívico-Militares, proposto pelo Governo de Minas Gerais.
O encontro reforça o alinhamento entre o legislativo municipal e a política educacional estadual, que está oferecendo aos municípios mineiros a possibilidade de implantar esse formato em unidades da rede estadual de ensino. Em Janaúba, cinco escolas foram indicadas para análise e possível adesão:
- Escola Estadual José Gorutuba
- Escola Estadual Maurício Augusto Azevedo
- Escola Estadual Joaquim Maurício Azevedo
- Escola Estadual Rômulo Sales Azevedo
- Escola Estadual Canafístula
Durante a reunião, os vereadores discutiram diretamente com representantes da Superintendência Regional os critérios técnicos, o processo de seleção das escolas e o cronograma para adesão, além de levantar demandas locais que possam ser consideradas na implementação do modelo.
O que é uma escola Cívico-Militar?
As escolas cívico-militares integram o sistema de ensino regular, mas contam com a atuação de militares da reserva e profissionais civis em áreas como disciplina, organização, ética, civismo e valores sociais. O conteúdo pedagógico segue a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as diretrizes do Ministério da Educação, mas é reforçado por um modelo de gestão compartilhada que prioriza o respeito, o comprometimento e o espírito de coletividade.
Segundo o Governo do Estado, o objetivo é melhorar os indicadores educacionais, diminuir a evasão escolar, aumentar a sensação de segurança no ambiente escolar e promover uma convivência mais harmônica entre estudantes, professores e comunidade.
Apoio popular é fundamental, defendem os vereadores
Para o vereador Sargento Almir, que possui formação e trajetória ligadas à segurança pública, a adesão ao modelo cívico-militar pode representar uma mudança positiva no cotidiano escolar.
“Estamos propondo uma educação que vai além do conteúdo. É sobre preparar nossos jovens para a vida, com disciplina, valores, responsabilidade e respeito. É um projeto que já mostrou resultados em outros municípios, e Janaúba merece essa oportunidade”, afirmou.
O vereador Américo Soares reforçou o papel da comunidade escolar no processo de decisão e destacou que o apoio da população será essencial:
“Não se trata de impor nada, mas de oferecer um novo caminho. Precisamos ouvir pais, professores, alunos e lideranças. Essa é uma chance de construirmos juntos um ambiente escolar mais acolhedor, organizado e comprometido com o futuro das nossas crianças e adolescentes.”
Próximos passos e participação da comunidade
A inclusão das escolas no programa estadual depende de uma etapa de consulta pública, onde a comunidade escolar (pais, alunos, professores e funcionários) terá a oportunidade de opinar sobre a adesão ao modelo. Esse processo é essencial para garantir que a decisão seja democrática e esteja alinhada com as necessidades reais de cada instituição.
Além disso, a equipe técnica da Secretaria Estadual de Educação avaliará aspectos estruturais, pedagógicos e administrativos das unidades indicadas, para garantir que estejam aptas a receber o novo formato de gestão.
A expectativa dos vereadores é de que, com o apoio da sociedade, Janaúba se torne referência na implantação do modelo no Norte de Minas, servindo de exemplo para outros municípios da região.
Uma nova perspectiva para a educação municipal
Em um contexto nacional onde a educação enfrenta inúmeros desafios – desde a indisciplina até o abandono escolar – a proposta das escolas cívico-militares surge como uma alternativa para resgatar o papel formador da escola, não apenas no aspecto acadêmico, mas também na construção de cidadãos conscientes, éticos e preparados para a vida em sociedade.
“Nosso compromisso é com o futuro de Janaúba. E esse futuro começa na sala de aula”, concluem os vereadores.
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