'Tenho ele como um monstro, porque homem não é assim não', fala mulher que foi encontrada pela PM em cárcere privado
(Por Michelly Oda e Daniel Cristian, g1 Grande Minas) Um homem foi preso por manter a esposa em cárcere privado em Montes Claros nesta quarta-feira (24). Segundo a Polícia Militar, ele já tinha histórico de violência contra a mulher.
“Após contato com a solicitante, ela nos relatou que recebeu um pedido de socorro da vítima, o qual relatava que há alguns dias se encontrava em cárcere privado e que na data de hoje ela teria sido agredida pelo autor, que também teria agredido seu filho", explica o subtenente Edilson Dias.
“Meu filho viu ele me agredindo e foi em cima dele. Ele jogou o capacete em cima do meu filho, jogou uma cadeira também e machucou o braço dele", disse a vítima, que tem três filhos de relacionamentos anteriores. Ela não terá o nome divulgado como forma de preservá-la.
A casa onde eles moravam fica no bairro Doutor João Alves, mas o homem não estava no imóvel no momento em que as equipes chegaram. Ele negou os fatos e o g1 não conseguiu localizar nenhum advogado dele até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para o posicionamento da defesa.
“Enquanto nós estávamos fazendo a contenção do autor, outra guarnição, da PVD [Prevenção de Violência Doméstica], deslocou com a solicitante até o endereço, onde encontrou o portão e as portas da residência fechados.”
A mulher conta que o homem a deixava trancada e saía levando as chaves. O único lugar que ela frequentava era a casa dos pais dele.
“Só ficava trancada dentro de casa, não saía para canto nenhum, só quando ele estivesse, mesmo assim, se eu fosse no quintal, ele tinha que estar comigo, eu não saía sozinha nem no quintal da minha casa, era o tempo todo com ele.”
Os militares encaminharam a mulher e do filho para receber atendimento médico em uma unidade de saúde.
Agressões e ciúmes
A vítima relata ainda que sofria agressões com frequência: “Era porrada na cara, nas costas, mordida, puxão de cabelo.” Ela ainda afirma ter perdido um bebê após ser agredida.
“Eu estava grávida mês passado e perdi, acho que tinha umas duas, três semanas de gravidez. Ele me deu um soco nas costas e eu perdi. No outro dia eu fiquei morrendo de dor, chorando dentro de casa."
No início do relacionamento, que já dura seis meses, a mulher fala ainda que o companheiro se mostrou "uma pessoa trabalhadora, excelente, cuidadosa." Mas, com o convívio, ela conheceu um outro lado dele.
“Depois veio o ciúmes possessivo dele, mesmo eu não tendo nada com ninguém, conversando com ninguém, era um ciúmes, uma obsessão. [...] Não podia ter contato nenhum. Meu pai me ligava todo dia pra saber como eu estava, mas era ele quem atendia o telefone.”
“Eu tenho ele como um monstro, porque homem não é assim não.”
Histórico de violência
O subtenente Edilson Dias destaca que essa não foi a primeira vez que o homem se envolveu em situações relacionadas à violência contra a mulher. O militar cita outros dois casos que constam nos registros da polícia.
“Esse autor já tem outro cárcere privado cometido contra outra amásia em 2013 e tem uma medida protetiva solicitada por sua ex-amásia em 2020.”
“Eu espero justiça pra não acontecer a mesma coisa que aconteceu comigo com outras mulheres", finaliza a vítima.
“Após contato com a solicitante, ela nos relatou que recebeu um pedido de socorro da vítima, o qual relatava que há alguns dias se encontrava em cárcere privado e que na data de hoje ela teria sido agredida pelo autor, que também teria agredido seu filho", explica o subtenente Edilson Dias.
“Meu filho viu ele me agredindo e foi em cima dele. Ele jogou o capacete em cima do meu filho, jogou uma cadeira também e machucou o braço dele", disse a vítima, que tem três filhos de relacionamentos anteriores. Ela não terá o nome divulgado como forma de preservá-la.
A casa onde eles moravam fica no bairro Doutor João Alves, mas o homem não estava no imóvel no momento em que as equipes chegaram. Ele negou os fatos e o g1 não conseguiu localizar nenhum advogado dele até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para o posicionamento da defesa.
“Enquanto nós estávamos fazendo a contenção do autor, outra guarnição, da PVD [Prevenção de Violência Doméstica], deslocou com a solicitante até o endereço, onde encontrou o portão e as portas da residência fechados.”
A mulher conta que o homem a deixava trancada e saía levando as chaves. O único lugar que ela frequentava era a casa dos pais dele.
“Só ficava trancada dentro de casa, não saía para canto nenhum, só quando ele estivesse, mesmo assim, se eu fosse no quintal, ele tinha que estar comigo, eu não saía sozinha nem no quintal da minha casa, era o tempo todo com ele.”
Os militares encaminharam a mulher e do filho para receber atendimento médico em uma unidade de saúde.
Agressões e ciúmes
A vítima relata ainda que sofria agressões com frequência: “Era porrada na cara, nas costas, mordida, puxão de cabelo.” Ela ainda afirma ter perdido um bebê após ser agredida.
“Eu estava grávida mês passado e perdi, acho que tinha umas duas, três semanas de gravidez. Ele me deu um soco nas costas e eu perdi. No outro dia eu fiquei morrendo de dor, chorando dentro de casa."
No início do relacionamento, que já dura seis meses, a mulher fala ainda que o companheiro se mostrou "uma pessoa trabalhadora, excelente, cuidadosa." Mas, com o convívio, ela conheceu um outro lado dele.
“Depois veio o ciúmes possessivo dele, mesmo eu não tendo nada com ninguém, conversando com ninguém, era um ciúmes, uma obsessão. [...] Não podia ter contato nenhum. Meu pai me ligava todo dia pra saber como eu estava, mas era ele quem atendia o telefone.”
“Eu tenho ele como um monstro, porque homem não é assim não.”
Histórico de violência
O subtenente Edilson Dias destaca que essa não foi a primeira vez que o homem se envolveu em situações relacionadas à violência contra a mulher. O militar cita outros dois casos que constam nos registros da polícia.
“Esse autor já tem outro cárcere privado cometido contra outra amásia em 2013 e tem uma medida protetiva solicitada por sua ex-amásia em 2020.”
“Eu espero justiça pra não acontecer a mesma coisa que aconteceu comigo com outras mulheres", finaliza a vítima.
Comentários
Postar um comentário