Quilombolas com famílias extremamente pobres receberão assistência técnica

A partir de fevereiro, 65 profissionais de assistência técnica e extensão rural começam a percorrer 39 comunidades remanescentes de quilombolas em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Maranhão. Eles vão recolher subsídios para traçar um plano de apoio à produção agrícola de 4.480 famílias, respeitando as culturas locais e incentivando o desenvolvimento sustentável.

O acesso das comunidades quilombolas à Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) é uma das ações previstas para este ano pelo Brasil Sem Miséria – plano interministerial voltado para redução da pobreza extrema.

Em Pernambuco, a visita será em Bom Conselho, no Agreste Meridional. Nove coordenadores e 56 técnicos visitarão famílias de Quilombolas extremamente pobres ainda das cidades de Campo Formoso (BA), Francisco Sá, Pai Pedro, Jaíba, Porteirinha, Catuti, Janaúba, Monte Azul (MG), e Alcântara (MA).

O diagnóstico que os técnicos farão possibilitará identificar as necessidades individuais de cada unidade de produção familiar. A partir das informações coletadas em cada domicílio e em reuniões nas comunidades, os agentes articularão a inclusão dessas famílias em políticas públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Segundo dados do Plano Brasil Sem Miséria, atualmente 16 milhões de pessoas vivem situação de pobreza extrema. Entre as que moram no meio rural, 7,6 milhões são extremamente pobres – renda mensal de até R$ 70 –, totalizando 1,73 milhão de domicílios.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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