Banana prata, produto de exportação de Minas

Do Hoje em Dia - 15/04/2012

Mais conhecido por exportar café, Minas Gerais vai aos poucos ampliando as vendas externas de banana prata, produzida na região do projeto Jaíba, no Norte de Minas. A produção da banana norte-mineira cresce lentamente, mas alavancar com os acordos previstos para o segundo semestre, com o início de exportações regulares da fruta.
O procedimento é lento, mas avança de forma gradual os preparativos de um protocolo que vai normatizar todos os estágios da atividade, do plantio ao transporte para os portos internacionais. Para sair do Norte de Minas e chegar à Europa e ao Oriente Médio sem estragar, a banana deve ser colhida e embalada de modo especial nos contêineres. O objetivo é não machucar a fruta por causa da aparência, uma exigência do mercado consumidor.
Não se sabe bem a razão, mas a banana prata, produzida no projeto Jaíba, consegue manter o sabor original por mais tempo, após cortada, sem escurecer. Ela é a variedade preferida pelos exportadores de saladas de frutas, acondicionadas em bandejas, que vão direto para as gôndolas dos supermercados europeus. A salada, com as frutas cortadas, seguem de avião. Após chegar na Inglaterra, a banana prata ainda consegue um tempo útil de três dias de prateleira nos supermercados antes de escurecer, o que não acontece com outras variedades.
O produto tem agradado também alemães e árabes, que, nas últimas três edições das feiras de Berlim e de Dubai, aprovaram as degustações promovidas pelos produtores norte-mineiros de banana prata. O estímulo da exportação deve refletir no campo após começarem as vendas regulares, previstas para 2013, com os produtores buscando mais qualidade.
A situação é bem diferente do café. Com o mercado consolidado, a maior cooperativa de produtores de café do mundo, a Cooxupé, com sede em Guaxupé, está em franca expansão e deve exportar neste ano 20% mais que em 2011, embalada por desonerações tributárias em um sistema de compensação de créditos de PIS/Cofins.
O pulo do gato da Cooxupé foi a eliminação dos atravessadores, exportando 100% da produção direto aos clientes na Europa e nos Estados Unidos. Só os americanos são responsáveis por 30% dos embarques. O mercado norte-americano, o maior do mundo, é muito fechado por meio de barreiras sanitárias. Recentemente, o Brasil conseguiu reverter a situação para o suco de laranja.
Porém, a fruta, principalmente a banana, enfrenta outras dificuldades, como a concentração do comércio em poucas empresas que dominam as vendas a partir da Colômbia, Caribe e América Central. A banana brasileira ainda tem dificuldade para superar esse obstáculo, mas a situação começa a ser superada a partir da colocação do produto nos países do Mercosul.
Outra questão é a regularidade da entrega, que só se consegue por meio de cooperativas. O caminho é longo e merece maior atenção por parte das autoridades responsáveis pelo agronegócio, na Cidade Administrativa e na Esplanada dos Ministérios.

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