Janaúba se destaca mais uma vez de forma trágica sendo a primeira cidade do Norte de Minas Gerais a ter um caso confirmado de varíola dos macacos
(Por Larissa Durães, O Norte) Foi confirmado o primeiro caso de varíola dos macacos no Norte de Minas Gerais. Foi em Janaúba. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da prefeitura.
Trata-se de um paciente que esteve em São Paulo e que também passou por procedimento médico em Montes Claros.
A confirmação da doença foi feita por exame laboratorial e chegou nessa segunda-feira (1). De acordo com informações que constam na plataforma da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o paciente é um homem com idade entre 30 e 39 anos - ele não precisou de ser hospitalizado.
Ao apresentar sintomas semelhantes ao de Covid-19, o paciente foi ao Centro Sentinela, em Janaúba, onde realizou o teste - que deu negativo. No entanto, como apresentou outros sintomas, foi, novamente, submetido a uma avaliação médica. E o resultado apontou positivo para Monkeypox.
O paciente está em isolamento desde a hipótese diagnóstica, ocorrida há duas semanas. E já há bloqueio epidemiológico, para identificar todo o trânsito do paciente até o momento em que foi colocado em quarentena - procedimento padrão como está sendo feito em todo país, quando há suspeita e, também, quando o exame laboratorial atesta positivo.
O Secretário Municipal de Saúde de Janaúba, o médico Helvécio Campos Albuquerque, lamentou o 1º caso da região macronorte, composta por 86 municípios. Ele detalhou que o paciente atendido em Janaúba chegou com sintomas gripais e febre na unidade Sentinela, onde a equipe percebeu que ele também tinha lesões de pele. Foi feita a coleta para Covid-19 e, a pedido do médico de plantão, foi pesquisada, também, a possibilidade da varíola dos macacos.
“Desde o primeiro momento quando houve a possibilidade dessa doença a pessoa já foi colocada em quarentena, em isolamento social”, informou o médico. Na casa onde está, há somente uma pessoa. Ela já foi examinada e não contraiu a doença, mas também está isolada. Ambos estão acompanhados diuturnamente pelo Sistema de Vigilância em Saúde e a evolução do paciente é boa. Ele será liberado somente quando a última lesão de pele desaparecer. “Até lá ele fica em isolamento”, informou.
CERCO EPIDEMIOLÓGICO
O médico também contou, que tentaram buscar o cerco epidemiológico, quando foi construída o histórico do paciente: de onde veio, com quem teve contato. Apesar disso, ressaltou, é preciso entender que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelos fluidos corporais, por uma coriza, pela saliva, pela própria lesão de pele mas principalmente pela relação sexual. “Então, se a pessoa não pegou nesse paciente, não teve contato com a saliva, ou com a coriza dessa pessoa, se não pegou na lesão de pele, se não teve relação sexual com ela, é praticamente impossível que ele adquira a doença”, explicou.
CERCO EPIDEMIOLÓGICO
O médico também contou, que tentaram buscar o cerco epidemiológico, quando foi construída o histórico do paciente: de onde veio, com quem teve contato. Apesar disso, ressaltou, é preciso entender que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelos fluidos corporais, por uma coriza, pela saliva, pela própria lesão de pele mas principalmente pela relação sexual. “Então, se a pessoa não pegou nesse paciente, não teve contato com a saliva, ou com a coriza dessa pessoa, se não pegou na lesão de pele, se não teve relação sexual com ela, é praticamente impossível que ele adquira a doença”, explicou.
Por isto, o médico pede a todos que não se crie, como algumas pessoas sempre criam, um evento sensacionalista. “Nossa sociedade já tem sofrido tanto com isolamento social, em função da pandemia, nestes mais de dois anos, e que nós possamos conviver com as doenças que estão ai de forma adequada e lembrando que graças a Deus o nosso sistema de saúde está atento protegendo a nossa população e assistindo de forma adequada e para quaisquer dúvida que forem apresentadas que sejam discutidas com as autoridades sanitárias, com as equipes de saúde da família, com as equipes que estão na epidemiologia e também dentro da secretaria. E aqueles que, eventualmente apresentem quadros da doença, que procurem os serviços adequados”, avisa.
“A primeira coisa que gostaria de dizer para todos, é que a varíola dos macacos é diferente da varíola humana, que na década de 1980, foi erradicada do mundo, e que era uma doença muito grave, com alto índice de mortalidade”. O médico explica também a razão do nome, explicando que não se deve temer os macacos, pois, a varíola do macaco, em verdade tem como reservatórios naturais, os roedores, e não os próprios macacos, mas como tem uma letalidade maior em macacos, acabou pegando este nome.
Para o médico, a varíola dos macacos é uma varíola completamente diferente da varíola humana, pois, se inicia com um quadro de febre, com sintomas gripais, e depois de alguns dias, aparecem lesões cutâneas, que se difundem e são o que as pessoas precisam mais acompanhar, porque enquanto a pessoa tem essas casquinhas na pele a doença ainda é transmissível. “Diferentemente de outras doenças, quando a pessoa pega esta doença transmissível, ele fica isolado até que as casquinhas na pele desapareçam completamente e estejam completamente cicatrizadas”.
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