Bebê de Rio Pardo de Minas de apenas 1 ano morre após contrair leishmaniose
Uma bebê de 1 ano e 11 meses morreu, na última semana (7), em Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba, após contrair leishmaniose. Ela era natural de Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado e, segundo a mãe, contraiu a doença na cidade natal. Nesta terça-feira (12), a prefeitura de Patos de Minas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou uma nota para explicar o caso.
Segundo o Executivo municipal, o bebê, do sexo feminino, deu entrada na UPA no dia 29 de junho, depois de ser atendida na Clínica de Especialidades. De lá, ela foi encaminhada para o pronto atendimento para internação e investigação de diagnóstico, já com suspeita de leishmaniose.
Aos médicos, a mãe relatou que a criança apresentou febre por três semanas, acompanhada de dor abdominal. Segundo a secretaria, a equipe médica identificou também manchas pelo corpo da criança.
Aos médicos, a mãe relatou que a criança apresentou febre por três semanas, acompanhada de dor abdominal. Segundo a secretaria, a equipe médica identificou também manchas pelo corpo da criança.
No dia 30 de junho, exames da criança constataram anemia, leucopenia e plaquetopenia. Nessa data, ainda na UPA, foi colhido material para confirmar a suspeita de leishmaniose. O resultado positivo foi conhecido apenas no dia 6 deste mês.
Ainda no dia 30, diante do quadro clínico da paciente, a equipe médica da UPA identificou a necessidade urgente de transfusão de sangue. Segundo a prefeitura, a UPA entrou em contato com a central de regulação para transferir a criança para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), unidade da rede estadual, em Patos de Minas. No entanto. o hospital negou a transferência, sob alegação de não ter pediatra, e disseram que a receberiam no dia seguinte.
No dia 31, a criança foi liberada para a transferência mas, ao chegar à porta do HRAD, não foi recebida. Segundo a nota pública, a prefeitura registrou um boletim de ocorrência, já que a gravidade da situação apresentava risco iminente de morte da bebê. Após a recusa, a bebê retornou para a UPA.
Segundo a secretaria, embora não seja hospital e não tenha estrutura para realizar transfusão de sangue, a UPA, com acompanhamento de um pediatra, realizou o procedimento "depois de ser necessária intensa mobilização para o Hemonúcleo de Patos de Minas liberar as bolsas de sangue”, disse em nota.
Somente no dia 2 deste mês, o HRAD recebeu a criança. Depois, foi transferida para a UTI de um hospital particular via SUS mas, em razão da gravidade do quadro, não resistiu e faleceu no dia 7.
Sintomas
Também por meio de nota, a secretaria municipal de saúde afirmou que, segundo relatos da mãe, a criança contraiu leishmaniose em Rio Pardo de Minas e começou a apresentar os primeiros sintomas três dias após terem se mudado para uma fazenda próxima ao distrito de Santana de Patos.
Também por meio de nota, a secretaria municipal de saúde afirmou que, segundo relatos da mãe, a criança contraiu leishmaniose em Rio Pardo de Minas e começou a apresentar os primeiros sintomas três dias após terem se mudado para uma fazenda próxima ao distrito de Santana de Patos.
A Vigilância Epidemiológica de Patos de Minas identificou que trata-se de um caso importado da doença.
Assistência
A prefeitura reiterou que “toda a assistência necessária e possível de ser realizada dentro de uma unidade de pronto atendimento (que não é um hospital) foi oferecida à criança”. O município lamentou a morte da paciente solidarizou-se com toda a família.
A prefeitura reiterou que “toda a assistência necessária e possível de ser realizada dentro de uma unidade de pronto atendimento (que não é um hospital) foi oferecida à criança”. O município lamentou a morte da paciente solidarizou-se com toda a família.
O que é a leishmaniose
De acordo com o Ministério da Saúde, a leishmaniose é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa da pessoa, chamadas macrófagos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a leishmaniose é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa da pessoa, chamadas macrófagos.
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como mosquito palha. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e, devido ao seu pequeno tamanho, são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas.
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