Com atuação em Janaúba, Taesa (TAEE11) mantém lucro estável no 1T22, de R$ 559,9 milhões

Projeto de Janaúba. Foto: Reprodução/ Taesa

(Por Monique Lima) A Taesa (TAEE11) teve lucro líquido de R$ 559,9 milhões no primeiro trimestre (1T22), valor 0,7% maior em relação a um ano atrás. Segundo a companhia, embora a receita tenha aumentado com o início das operações em Janaúba e com o reajuste inflacionário pelo novo ciclo da RAP (Receita Anual Permitida), as despesas e o volume de dívida também aumentaram.

Na parte positiva, o relatório com os resultados da Taesa no 1T22 aponta que houve entrada financeira com:

Aumento de 37% na receita de Operação e Manutenção explicado pela reajuste inflacionário do novo ciclo da RAP (Receita Anual Permitida) (2021-2022);

Aumento de 35,9% na receita de remuneração do ativo contratual pela entrada em operação de Janaúba, que também contou com correção monetária.

A receita líquida foi de R$ 795,6 milhões entre janeiro e março, queda de 12,4% na base anual. Já a receita líquida regulatória da Taesa aumentou em 36,2% no período, para R$ 526,1 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 454,4 milhões no primeiro trimestre, alta de 43,5% na comparação anual. A margem Ebitda da Taesa também avançou no período, em 4,4 p.p., para 86,4%.

Entre os impactos positivos está o início da operação da concessão Janaúba. A empresa também aponta que houve redução da margem de implementação de infraestrutura, seguindo os menores investimentos nos empreendimentos de Sant’Ana e Janaúba.

Despesas e dívida da Taesa crescem
A empresa de transmissão viu os seus custos e despesas aumentarem 24,6% entre janeiro e março, na base anual, somando R$ 228,2 milhões no período. Segundo a Taesa, o resultado foi afetado pela correção do CDI e do IPCA e pelo maior volume de dívida líquida entre os períodos comparados.

Os custos e despesas (PMSO) contábeis somaram de R$ 71,7 milhões no primeiro trimestre, alta de 2,8% na comparação anual. O balanço da Taesa indica que houve reajuste salarial de 8,06% aos funcionários e aumento de 26,3% com serviços de terceiros. Já a parte de outros e material caíram 53,2% e 3,2%, respectivamente.

Os gastos com depreciação e amortização subiram 13,2% no ano, chegando a R$ 71,4 milhões, referente principalmente a entrada em operação de Janaúba em 1º de setembro de 2021.

Segundo a empresa, a linha de outras despesas/receitas financeiras apresentou uma variação positiva de R$ 5,1 milhões na comparação anual explicada por: efeito líquido das atualizações dos depósitos judiciais e das provisões de contingências, aumento da taxa Selic entre os períodos comparados, impactando positivamente as atualizações monetárias dos projetos de P&D.

A Taesa fecha o primeiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 6,14 bilhões, aumento de 14,9% na comparação com o trimestre anterior. Já a relação dívida líquida/Ebitda recuou, saindo de 4,2x para 3,8x ao final de março de 2022.

Segundo o relatório do 1T22 da Taesa, o aumento da dívida líquida se deu em razão da 11ª emissão de debêntures, concluída em fevereiro deste ano.

Dividendos das ações TAEE11
Em 28 de abril, a Taesa aprovou em assembleia um pagamento de R$ 800,3 milhões aos acionistas na forma de dividendos complementares aos pagos em 2021. O valor é equivalente a R$ 2,32 por unit TAEE11.

O pagamento dos dividendos da Taesa serão feito em 31 de maio de 2022, aos acionistas com posição na empresa ao fim do pregão do dia 9 de maio de 2022. A partir de 10 de maio, as ações ordinárias (TAEE3), preferenciais (TAEE4) e as units (TAEE11) passaram a ser negociadas sem direito aos dividendos.

Com isso, a companhia informa que remunerou os seus investidores com um montante de R$ 1,79 bilhão referente ao exercício social de 2021. Trata-se de uma pagamento de R$ 5,20 por unit, equivalente a um payout de 80,9% do lucro líquida da empresa.

Última cotação da Taesa
A cotação da Taesa abriu em alta de 1,02% no pregão desta quinta-feira (12), com as units TAEE11 valendo R$ 40,63.

Nos últimos 12 meses, os papéis da Taesa acumulam valorização de 20,87%, sendo negociados a R$ 43,69 na máxima e a R$ 31,96 na mínima.

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