Após anos de abandono, Igreja do século XVII será protegida em Januária

A contratação das obras deve acontecer no ano que vem
A 3ª Promotoria de Justiça de Januária assinou na semana passada um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Diocese de Januária, no Norte do estado, para adotar medidas de proteção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, situada no Distrito de Brejo do Amparo e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) desde 1989.
Embora seja considerado o segundo mais antigo do estado, o templo está abandonado há mais de uma década, em péssimo estado de conservação. Por isso, a Diocese de Januária assumiu a obrigação de, no prazo de 30 dias, com prévia orientação do Iepha, promover o cercamento da área externa da Igreja com tapumes para evitar a invasão; promover fechamento das portas e janelas; retirar as imagens sacras e bens móveis do interior da igreja, levando-os para local seguro, para evitar furtos; realizar a capina e a limpeza do entorno da Igreja.
O acordo foi assinado pelo bispo de Januária, Dom José Moreira da Silva, e pelo promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural de Januária, Bruno de Oliveira Muller.
O Ministério Público requereu ao Iepha a elaboração do projeto de restauração integral do templo, que já foi inserido no Programa Minas Patrimônio Vivo. O projeto deverá ser finalizado ainda este ano, com expectativa de contratação das obras no ano de 2013.
História - A igreja de Nossa Senhora do Rosário do Brejo do Amparo é considerada um marco na história do povoamento do Norte de Minas, constituindo um dos raros exemplares da arquitetura jesuítica no sertão mineiro do Rio São Francisco. Historiadores afirmam que sua construção foi iniciada em 1688 pelo sertanista Manuel Pires Maciel Parente, que desbravou a região em companhia do bandeirante paulista Januário Cardoso.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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