Mamonas, Capitão Éneas e Montezuma estão com reservatório vazios

CAPITÃO ENÉAS (por Girleno Alencar) - Os municípios de Capitão Enéas, Mamonas e Montezuma tiveram que contratar, com recursos públicos, caminhões-pipa para assegurar o abastecimento de água aos flagelados da seca.
O valor pago por cada caminhão de água varia de R$ 4.500,00 a R$ 7 mil. A contratação tornou-se necessária porque a Operação Pipa, realizada pelo Exército e pela Copasa, foi suspensa no início de janeiro, sem qualquer perspectiva de retorno. O chefe da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), coronel Luiz Carlos Martins, informou que o retorno do serviço está sendo avaliado.
O prefeito de Montezuma, Erival José Martins, esclareceu que alugou um caminhão-pipa por R$ 5 mil mensais, em janeiro último, porque centenas de famílias das comunidades rurais de Tomé Gomes, Buracão, Fortuna e Riacho de Areia não tinham água para consumo próprio. Segundo ele, a solução para Montezuma é a construção de oito pequenas barragens.
Martins lamentou que a Operação Pipa esteja suspensa e que recaia sobre as prefeituras a tarefa de assumir esta responsabilidade.
No município de Capitão Enéas, os rios São Domingos, Quem-Quem e Córrego Seco estão sem água, deixando as comunidades rurais em situação de calamidade, segundo o prefeito Reinaldo Landulfo Teixeira. Dois caminhões-pipa haviam sido alugados por R$ 4.500,00 mensais. Porém, com o agravamento da seca, a prefeitura precisou de mais um caminhão ontem, aumentando a despesa para R$ 13,5 mil.
A situação é mais grave em Mamonas. Segundo o prefeito Edvan Roberto Alves Cardoso, 4.200 pessoas estão sem água para consumo. Na sexta-feira, dia 2 de março, Edvan Alves foi à Cedec pedir socorro, alegando que a barragem de Cabeceira, que abastece a cidade, ficou seca. A prefeitura chegou a contratar 11 caminhões-pipa, ao custo de R$ 7 mil cada, totalizando um gasto mensal de R$ 77 mil. O valor corresponde a 20% de toda a arrecadação municipal.
Na sexta-feira, dia 2, o secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e Norte de Minas e coordenador do Comitê de Gestão de Convivência com a Seca, Gil Pereira, informou que será realizada em Montes Claros, na próxima semana, uma reunião com todos os órgãos do setor para avaliar os danos causados pela seca. O objetivo é elaborar o projeto de socorro aos flagelados e orientar os municípios a decretar situação de emergência.Até sexta-feira, dia 2, nenhum decreto de emergência por causa da estiagem estava em vigor em Minas Gerais.

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