BRs mineiras têm 13 mortes em intervalo de 11 horas

De frente. Acidente na BR-251 deixou cinco mortos; veículo onde estavam as vítimas bateu em caminhão
Em um intervalo de 11 horas - entre as 23h de segunda-feira e as 10h de ontem -, pelo menos 13 pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas nas estradas que cortam Minas Gerais. No mais grave dos acidentes, registrado ontem de manhã no KM 445 da BR-251, em Grão Mogol, no Norte de Minas, cinco pessoas morreram após o carro em que estavam bater de frente com um caminhão carregado de cimento.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um caminhão-baú que passava pelo local também se envolveu na batida, mas o motorista não ficou ferido. A rodovia precisou ser interditada por duas horas para a retirada dos corpos das ferragens e dos veículos da pista.
Já na noite de anteontem, na BR-040, em Carandaí, na região Central, quatro jovens amigos morreram em uma colisão frontal. Eles estavam em um Gol, que invadiu a contramão e bateu em um caminhão que seguia no sentido contrário. Segundo a PRF, os jovens viajavam para Carandaí, na região Central.
Outros dois acidentes também deixaram vítimas. Ontem, o motorista de um Fusca morreu depois de perder o controle da direção e bater de frente com um caminhão, que vinha no sentido contrário na BR-459, em Itajubá, no Sul de Minas. O motorista do veículo de carga não sofreu nenhum ferimento.
Ônibus. Já no KM 401 da BR-135, a batida de frente envolvendo um caminhão carregado com bananas e um ônibus deixou duas pessoas mortas, entre elas o motorista do coletivo. Outras 13 ficaram feridas. Elas foram socorridas e levadas para hospitais de Montes Claros, no Norte de Minas. O condutor do caminhão não se feriu. O trânsito ficou interrompido entre as 23h de anteontem e as 4h de ontem.


Tomba na pista
Carreta. Em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, um motorista de uma carreta que transportava 30 t de eucalipto tombou o veículo após passar sobre a ponte do rio Paraopeba. O homem morreu no local.


BR040
Motorista de ônibus mentiu, diz delegadoO delegado André Pelli, que está à frente do inquérito que investiga o acidente de ônibus que matou 15 trabalhadores na BR–040, no sábado, informou ontem que o motorista do veículo mentiu em seu depoimento. Armando Farias, 38, teria afirmado que o ônibus ficou sem freios em uma descida e que, por isso, acertou uma carreta de frente.
De acordo com o delegado, Farias não foi "verdadeiro". "No local, não existe declive, e também não acho que o ônibus teve problema no freio", afirmou Pelli, que pretende indiciar Farias por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O motorista, que deverá receber alta ainda nesta semana, pode pegar de dois a quatro anos de prisão, mas a pena pode ser revertida em prestação de serviços comunitários. "Vamos ouvir outros passageiros e esperar a perícia ficar pronta. No fim, a verdade virá", disse o delegado.

Exumação. O delegado adjunto de Ipatinga, Geraldo Magela Morais, descartou ontem a possibilidade de pedir a exumação dos corpos dos 15 operários. Familiares suspeitam que as vítimas, que ficaram dilaceradas e foram veladas em caixões lacrados, tenham sido identificadas de forma equivocada. "Houve um caso isolado, mas que foi resolvido", disse. (JC)



Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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