Janaúba em choque: Polícia prende suspeitos de duplo homicídio brutal em bar

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A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) cumpriu, na noite desta quarta-feira (17), mandados de prisão contra dois homens, de 23 e 31 anos, suspeitos de envolvimento em um duplo homicídio ocorrido em Janaúba, no último dia 16 de agosto. A ação policial ocorreu em uma residência no bairro Isaías Pereira, em Janaúba. No local, além dos dois foragidos, estavam duas mulheres, de 23 e 26 anos, que, segundo a PM, auxiliavam os suspeitos na fuga. Elas também foram detidas. Prisão e apreensão De acordo com a corporação, os homens resistiram à abordagem, sendo necessário o uso de técnicas de contenção para garantir a prisão. Durante as buscas na casa, os militares encontraram um arsenal e drogas: • 144 munições • 75 cartuchos calibre .32 • 2 pistolas • Carregadores • Porções de maconha • R$ 358 em dinheiro O material e os detidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para as devidas providências. A PM também informou que os dois suspeitos podem ter envolvimento em outros crimes ...

Suspeito de matar primo e arrancar suas orelhas por suspeita de macumba é preso após um mês em fuga na mata de Pintópolis


Em um desfecho que trouxe alívio à família de José Martins Vieira, um homem de 62 anos brutalmente assassinado em agosto, a Polícia Militar de Minas Gerais prendeu nesta quinta-feira (18) o principal suspeito pelo crime chocante ocorrido na zona rural de Pintópolis, no Norte de Minas Gerais. O autor do homicídio, primo e vizinho da vítima, de 58 anos, foi localizado em uma área de mata densa na comunidade Para Terra 2, após mais de um mês foragido. A prisão foi resultado de uma denúncia anônima e contou com a colaboração de populares que ajudaram a contê-lo.

O crime, que abalou a pequena comunidade agrícola de Pintópolis, aconteceu no dia 18 de agosto, uma segunda-feira fatídica. José Martins Vieira, um lavrador respeitado na região, foi atacado em sua própria propriedade rural por seu primo, com quem mantinha uma relação de vizinhança há anos. Segundo relatos da Polícia Militar (PM), o agressor, movido por uma crença irracional, acusou a vítima de praticar “macumba” – um ritual de feitiçaria popular no interior – para causar a morte de seu gado. Essa suspeita, alimentada por superstições comuns em áreas rurais isoladas, culminou em um ataque feroz e ritualístico. 

De acordo com o boletim de ocorrência e laudos periciais divulgados pela PM, o suspeito iniciou a agressão com pauladas usando um pedaço de madeira, derrubando José no chão. Em seguida, desferiu golpes de foice e mais de 30 facadas, concentradas principalmente nas costas da vítima, em um ato de fúria descontrolada. O mais macabro do crime foi o corte e a remoção das orelhas de José, que foram levadas pelo agressor – um gesto que, segundo investigadores, pode ter sido motivado por crenças folclóricas associadas a rituais de vingança ou proteção contra feitiçaria. A perícia confirmou as perfurações múltiplas e o estado de desfiguração do corpo, encontrado pela família logo após o ataque. 

A filha de José, que reside em uma casa vizinha à do pai, foi testemunha ocular do barbarismo. Ela tentou intervir, implorando para que o agressor parasse, mas foi ameaçada de morte pelo suspeito, que gritava acusações de bruxaria. “Eu vi tudo acontecendo e corri para ajudar, mas ele me olhou e disse que me mataria se eu me metesse”, relatou a filha em depoimento à polícia, conforme divulgado em reportagens iniciais sobre o caso. Outra moradora da comunidade também revelou ter sido ameaçada anteriormente pelo mesmo homem, que a acusava de envenenar seu rebanho com macumba. Esses episódios indicam um padrão de paranoia que pode ter agravado o conflito familiar. 

Após o crime, o suspeito fugiu imediatamente para a mata fechada que cerca a região de Pintópolis, uma área conhecida por suas extensas florestas e dificuldades de acesso, o que facilitou sua esconderijo por cerca de um mês. A PM iniciou buscas intensas logo no dia seguinte ao homicídio, com apoio de drones e rastreamento de pegadas, mas o foragido se mantinha móvel, sobrevivendo possivelmente de caça e frutas silvestres. No dia 10 de setembro, a polícia divulgou a foto do suspeito para ajudar na identificação, intensificando a operação com alertas à população local.

A captura ocorreu por volta das 10h desta quinta-feira (18), graças a uma denúncia anônima recebida pela central de policiamento. Dois militares se aproximaram à paisana (disfarçados de civis) da área de mata na comunidade Para Terra 2, enquanto outros três aguardavam em um veículo de apoio. Ao avistarem o suspeito, que portava um “chucho” – uma arma artesanal semelhante a um espeto improvisado –, os policiais o abordaram. O homem tentou fugir, mas foi rapidamente contido e imobilizado. Questionado no local, ele admitiu ter usado a arma para ferir a vítima durante o ataque, embora negasse intenções letais iniciais – uma versão contestada pela gravidade das lesões.

O preso foi levado diretamente à delegacia da Polícia Civil em São Francisco, cidade vizinha a cerca de 30 km de Pintópolis, onde será encaminhado ao presídio local após o auto de prisão em flagrante. A PM informou que o inquérito policial, já em andamento desde agosto, agora ganha novo impulso com a confissão parcial do autor. “A prisão traz justiça à família e reforça o compromisso da corporação em combater crimes passionais e motivados por crenças populares”, declarou um oficial da PM em nota oficial, sem revelar mais detalhes para preservar a investigação.

A família de José Martins Vieira, ainda abalada pelo trauma, expressou gratidão pela captura em redes sociais e entrevistas locais. A filha da vítima, em um vídeo emocionante postado no Instagram, agradeceu aos populares e à imprensa pela visibilidade ao caso: “Sem a ajuda de todos, talvez ele ainda estivesse solto. Meu pai merecia isso, e agora podemos ter paz”. A família também cobra agilidade no processo judicial, temendo que o suspeito, por ser parente, receba tratamento leniente. Amigos e vizinhos de José descrevem-no como um homem pacato, dedicado à criação de gado e à vida simples no campo, contrastando com a fúria inexplicável do agressor. 

O suspeito, cujo nome não foi divulgado pela polícia para proteger a investigação e eventuais direitos familiares, enfrenta acusação de homicídio qualificado por motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A pena pode ultrapassar 30 anos de prisão, conforme o Código Penal brasileiro. A Polícia Civil de São Francisco deve realizar interrogatório formal nos próximos dias, e o corpo de José foi sepultado em agosto, após liberação para o velório familiar.

Este caso serve como alerta para a necessidade de educação e apoio psicológico em áreas rurais, onde crenças populares podem escalar para tragédias. A PM reforça que denúncias anônimas, como a que levou à prisão, são cruciais para a segurança pública.

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