A Polícia Militar está à procura de um homem de 38 anos que confessou, em um áudio enviado ao irmão, ter matado a ex-companheira na noite desta sexta-feira (12). A vítima, de 33 anos, foi encontrada carbonizada ao lado de sua motocicleta na estrada que liga Taiobeiras à comunidade de Barreiros, em Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado.
Descoberta do corpo
De acordo com informações da PM, o corpo estava caído próximo à moto da vítima, em uma área de difícil acesso. A polícia isolou o local e acionou a perícia da Polícia Civil, que recolheu evidências para investigação. O corpo foi encaminhado ao Posto Médico Legal, onde passará por exames periciais para confirmar a causa da morte.
Em paralelo às buscas, os militares localizaram o carro do suspeito abandonado em uma estrada vicinal na comunidade de Canabrava, zona rural de Indaiabira.
Histórico de violência
Conforme levantamentos da Polícia Militar, vítima e suspeito viveram juntos por 14 anos de casamento marcado por agressões e ameaças constantes. Familiares relataram que a mulher sofria um ciclo contínuo de violência doméstica.
No dia 18 de julho de 2025, uma ocorrência policial já havia sido registrada envolvendo os dois. Na ocasião, a vítima foi levada a um local seguro e inserida na Rede de Proteção de Taiobeiras, onde recebeu apoio jurídico, psicossocial e auxílio financeiro para custear moradia e alimentação. Com escolta policial, ela retirou seus pertences da residência compartilhada com o ex-companheiro.
A mulher também possuía medida protetiva contra o suspeito, que havia sido orientada a não manter contato com ele.
Confissão e fuga
Após o crime, o homem teria enviado um áudio ao próprio irmão admitindo a autoria do assassinato, segundo informou a Polícia Militar. O conteúdo da gravação está sendo utilizado como prova no inquérito conduzido pela Polícia Civil.
Até o fechamento desta reportagem, o suspeito não havia sido localizado. Equipes da PM seguem em rastreamento na região, com apoio de unidades de municípios vizinhos.
Investigações
O caso é tratado como feminicídio e será aprofundado pela Polícia Civil, que apura não apenas a dinâmica do crime, mas também as circunstâncias que permitiram a reincidência das agressões, mesmo após a medida protetiva.
A morte da jovem reforça a gravidade dos casos de violência doméstica no Norte de Minas Gerais e reacende o debate sobre a efetividade das políticas de proteção às mulheres em situação de risco.
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