Telemedicina em UTI neonatal

Na manhã de terça-feira (18), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, (UFMG), lança, em Belo Horizonte e em Montes Claros, o projeto de Telemonitoramento de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. A ação inovadora do estado visa reduzir a mortalidade de neonatos (bebês de 0 a 6 dias de vida).
No dia, a imprensa de Belo Horizonte e de Montes Claros poderá acompanhar, em tempo real, uma teleconsultoria entre os especialistas de BH, com os do Hospital Universitário Clemente Faria, em Montes Claros. Após a teleconsulta, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, concederá uma entrevista coletiva e jornalistas de Montes Claros poderão fazer perguntas via teletransmissão.

Projeto Telemedicina
O projeto tem como prioridade diminuir os índices de mortalidade infantil no estado, principalmente em regiões com maiores ocorrências como a Norte e Jequitinhonha. Foi desenvolvido como uma resposta a levantamentos realizados pela SES que constataram que a maior parte dos óbitos de crianças de até 1 ano ocorrem no período neonatal precoce (de 0 a 6 dias).  Segundo especialistas, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas por intervenções nas primeiras horas de vida do recém-nascido. Garantir acesso aos serviços de terapia intensiva, por exemplo, pode ser definitivo para a sobrevivência de uma criança.
A implantação de serviços de UTI e Unidades de Cuidados progressivos neonatal em municípios distantes dos grandes centros urbanos é uma das principais dificuldades dos gestores de saúde. A falta de recursos humanos capacitados e também o isolamento dos profissionais de saúde são grandes entraves. Com o projeto, a SES pretende solucionar esses problemas.
O telemonitoramento é fruto de uma parceria técnica da Faculdade de Medicina da UFMG e funciona como um serviço de telemedicina que permitirá a interação entre os profissionais com maior expertise na área e os profissionais das UTIs neonatais do interior do estado.  Uma central de telemonitoramento disponibilizará plantonistas durante 12 horas por dia, por meio de teleconsultoria e webconferência. Especialista de áreas como pediatras intensivistas, cardiologista, pneumologista, gastroenterologista, cirurgiões, neurologista e geneticista atuarão como consultores, garantindo uma segunda opinião para todo procedimento.

Recursos
O estado investirá R$ 2,5 milhões para implantar o projeto. Porém, estudos que estão sendo realizados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a SES estimam a incorporação de novas tecnologias, o que deverá ampliar os valores.
Neste primeiro momento, o projeto está implantado no Hospital Nossa Senhora da Saúde, de Diamantina; em Montes Claros no Hospital Universitário Clemente de Faria e na Santa Casa, e a Maternidade do Hospital Sagrado Coração de Jesus (Fundajan) de Janaúba. Ao todo, 40 leitos de UTI destas instituições terão acesso ao serviço.
A SES prevê que em 2013 o projeto seja estendido a outras instituições, somando cem leitos. As novas unidades receberão apoio técnico da equipe da central de telemonitoramento para organização e implantação do serviço.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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