Marcos Valério é preso na capital por grilagem de terra

Marcos Valério foi preso em casa,
uma mansão na região da Pampulha
O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, suspeito de comandar o esquema nacionalmente conhecido como "Mensalão", foi preso na madrugada desta sexta-feira (2) em Belo Horizonte. O empresário foi detido no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, durante o cumprimento de mandados da "Operação Terra do Nunca".

A ação é realizada em Minas Gerais, Bahia e São Paulo e tem o objetivo de cumprir 23 mandados de prisão preventiva referentes ao envolvimento dos suspeitos na aquisição de papéis públicos para a "grilagem" de terras, ou seja, comércio de imóveis que não existem. A ilegalidade ocorreu no município de São Desidério, no oeste da Bahia.

Mais dois homens e uma mulher, que são sócios de Marcos Valério, também foram detidos. As prisões são decorrentes de um pedido do Ministério Público Federal da Bahia.

Mais detalhes sobre as prisões serão dados durante entrevista coletiva concedida à imprensa no Departamento de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio, no bairro Carlos Prates nesta manhã.

A previsão é que os detidos sejam levados para o Instituto Médico Legal (IML) e, posteriormente, transferidos de avião para Salvador, na Bahia.

Histórico

Em setembro deste ano, a 4ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte condenou Marcos Valério Fernandes de Souza e Cristiano de Mello Paz, sócios da empresa SMP&B Comunicações Ltda, por prestarem falsas informações financeiras e induzirem ao erro o Banco Central do Brasil. O publicitário recebeu sentença de seis anos e dois meses de reclusão.

No dia 28 de outubro deste ano, o Ministério Público Federal em Belo Horizonte denunciou pela 11ª vez o empresário Marcos Valério e sua esposa, Renilda de Souza, por lavagem de dinheiro. Os fatos foram descobertos em 2005, no caso Mensalão. De acordo com a denúncia, foram transferidos milhões de reais entre contas de titularidade da denunciada e da empresa de Valério. Grande parte da verba teve origem em contas do Mensalão.

O publicitário foi acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha, evasão de divisas e peculato, quando o servidor público usa a função no desvio de recursos em benefício dele e de terceiros. Marcos Valério nega ser o comandante do "Mensalão " e já afirmou por mais de um vez que o esquema foi uma criação mental.



Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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