Chuva deixa rastro de destruição e famílias ficam desalojadas

Norte. Em Montes Claros, chuva no fim de
semana deixou bairros alagados e provocou
a queda de árvores; apesar das ocorrências, ninguém se feriu
Um temporal, anteontem, deixou um rastro de destruição na cidade de Itambacuri, no Vale do Mucuri. A chuva provocou deslizamento de uma encosta que destruiu três casas, deixou uma interditada e outras 12 danificadas nos bairros Santa Clara e Vila Formosa. Pelo menos 21 pessoas ficaram desalojadas. Devido aos estragos, a prefeitura decretou situação de emergência.
Nesse período chuvoso, 11 municípios já decretaram situação de emergência no Estado, conforme balanço da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Segundo a coordenadora da Defesa Civil de Itambacuri, Marilza Machado, as casas afetadas já estavam sendo monitoradas. "O barranco já corria risco de desabar e todos estavam em alerta", explicou.

Ainda de acordo com a coordenadora, os desalojados são dos imóveis destruídos e foram levados para casas de familiares e amigos. "Estamos auxiliando as famílias com colchões e cobertores". Ninguém ficou ferido.

Lonas foram colocadas na encosta para evitar que a terra fique mais encharcada e novos deslizamentos atinjam outras casas em risco. Até a noite de ontem, a Defesa Civil de Itambacuri contabilizava os danos causados pelo temporal em outros pontos da cidade.

Em Montes Claros, no Norte de Minas, a chuva do fim de semana também provocou estragos. Árvores caíram e ruas ficaram alagadas. Segundo o Corpo de Bombeiros local, os principais problemas aconteceram nos bairros Village do Lago ll, Jardim São Geraldo, Tancredo Neves, Independência, Cidade Nova, Ipanema e Edgar Pereira.

Em todo o Estado, a expectativa é que neste mês chova até 320 mm. O índice estimado está acima da média histórica de 296 mm. A Cedec informou que as ocorrências de pancadas de chuvas no Estado ocorrerão principalmente nas regiões Sul, Campo das Vertentes, Zona da Mata e Leste de Minas. Na região metropolitana, a previsão para esta semana também é de temporais.

Radar. Para tentar evitar tragédias no Estado, uma das apostas do governo é o radar meteorológico, que prevê tempestades com até quatro horas de antecedência. O equipamento começa a funcionar hoje, porém, com tempo limitado de oito horas diárias. Só a partir de 5 de janeiro, o radar ficará em ação 24 horas por dia.

Outras ocorrências

Betim
Os moradores do bairro Santá Fé, em Betim, na região metropolitana da capital, estão revoltados. Eles reclamam que um muro destruído pela chuva, há um mês, ainda não foi reconstruído pela prefeitura. Os destroços, segundo eles, estão atrapalhando a passagem na rua. Ninguém da Prefeitura de Betim foi encontrado para falar sobre o caso.
SustoA chuva derrubou dois eucaliptos com mais de 20 m na BR-491, entre Varginha e Três Corações, no Sul de Minas, nessa semana. Nenhum veículo foi atingido e ninguém se feriu.
Balanço no EstadoNeste período chuvoso, duas pessoas morreram e duas estão desaparecidas. Cerca de 19.800 moradores ficaram prejudicados pela chuva.

Cemig já utiliza radar internamente
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou ontem que está utilizando, há cerca de três dias, algumas informações do radar. O uso, segundo a empresa, é feito apenas de forma interna com uma equipe captando os dados e emitindo alertas dentro da própria Cemig.

Com os alertas, os técnicos fazem o remanejamento de equipes para que haja mais técnicos nas regiões que serão atingidas pela chuva. A empresa afirma que, com o radar, está conseguindo prestar melhor atendimento às cidades.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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