Pesquisa é desenvolvida para a proteção do patrimônio do Vale do São Francisco

Um trabalho coletivo, possibilitado por um convênio de cooperação técnica e científica entre o Núcleo de História e Cultura Regional (Nuhicre) da Unimontes e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), culminará na elaboração de um inventário para a proteção do patrimônio cultural do Vale do rio São Francisco, no Norte de Minas. Os objetos de pesquisa estão nos chamados “bens imateriais tradicionais”, como os métodos de fabricação artesanal de alimentos, embarcações e instrumentos musicais, além dos costumes em danças populares e nas festas religiosas, aspectos que são passados entre as gerações dos moradores ribeirinhos.
As pesquisas e suas metodologias serão apresentadas no “Fórum Inventário”, que será realizado em duas etapas: a primeira, nesta sexta-feira (15), na sede do Instituto Federal do Norte de Minas (Ifet), em Pirapora, das 8h às 12h, e a segunda parte na cidade de Manga, no dia 30, na Escola Estadual Brasiliano Braz. Participarão dos eventos lideranças e associações comunitárias, ONGs, gestores públicos, dentre outros.
O professor Denílson Meireles Barbosa é o responsável pela coordenação do projeto junto ao Nuhicre, que conta, para o trabalho, com uma equipe formada por dez docentes e dez acadêmicos do curso de História. O prazo para a conclusão do Inventário Cultural do Rio São Francisco é de 18 meses e, uma vez pronto, será catalogado na base de dados do Iepha para pesquisas.
Para o professor, “o inventário nos permitirá uma releitura e, ao mesmo tempo, a ampliação do mapeamento cultural já existente, que tem como foco os hábitos e costumes tradicionais das comunidades ribeirinhas do rio São Francisco entre Pirapora a Manga”.
O Iepha responderá pela orientação técnica e pela metodologia de pesquisa como forma de aproveitar ao máximo as informações coletadas com os ribeirinhos.
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Rio São Francisco, é parceiro da Unimontes e do Iepha no projeto, já que os recursos para o estudo científico, da ordem de R$ 300 mil, foram gerados a partir da aplicação de multas a empresas que produziram ilegalmente o carvão vegetal.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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