Menor é molestada por quatro colegas na escola

MONTES CLAROS – Uma dona de casa está movendo ação judicial contra a Escola Estadual Professora Helena Prates, do bairro JK, e contra os pais de quatro adolescentes acusados de molestar sexualmente sua filha, de 13 anos, depois de trancá-la dentro da sala de aula. O fato teria ocorrido na última segunda-feira (11), mas o Boletim de Ocorrência policial foi registrado apenas na terça-feira (12), depois que a família da vítima acionou a Policia Militar.
Nesta sexta-feira (15) surgiram denúncias de outro ataque a uma adolescente e também de explosão de bomba em banheiro da escola.
Segundo o boletim registrado pela Polícia Militar, os quatro alunos suspeitos, todos de 13 anos, fecharam a porta da sala de aula onde estudam, durante o recreio, e atacaram colega, passando as mãos pelas partes intimas e seios dela. Ela começou a gritar e nem isso inibiu os alunos, pois com o barulho do recreio, poucas pessoas ouviram. Os policiais detiveram dois menores, que junto com os familiares foram até a Delegacia de Polícia, onde foram ouvidos. Um dos acusados fugiu e o outro a família se recusou a acompanhá-lo. O Conselho Tutelar acompanhou todo procedimento.
Nesta manhã, a adolescente, que completará 14 anos em agosto, explicou que vinha sendo assediada há vários meses por um dos estudante, mas nunca passava de conversa. Ela explicou que quando a porta foi trancada, o colega falava que queria namorá-la e que a achava bonita. A menina afirmou que todos quatro alunos passaram as mãos pelo seu corpo. Ela disse que ficou indignada com o fato de ter procurado a direção da escola para pedir providências mas foi orientada a esperar o final das aulas. Quando foi procurar, todos alunos já tinham saído. No dia seguinte, a família compareceu à escola e acionou a Polícia.
A dona de casa disse que a direção da escola foi omissa, pois o caso é grave e exige uma punição dos envolvidos. “A minha filha está apavorada e ainda levará as consequências desta violência pelo resto da vida. Por isto vou processar a escola e o Estado, pois ocorreu falha e omissão”. A mãe quer a transferência da aluna para outra escola, pois teme represálias à sua filha. No mês passado, a vítima já tinha sido agredida por uma aluna, quando estava no banheiro, em outra ocorrência registrada pela Polícia, mas sem providências da escola.
Ontem de manhã, quando a reportagem d o HOJE EM DIA foi à escola, alguns alunos explicaram que ocorreu outro caso de assédio sexual no mesmo estabelecimento, quando um aluno esfregou o rosto de uma colega no seu órgão genital. Também outro aluno teria estourado uma bomba no banheiro da escola. Eles alegam que a direção da escola pediu para abafar os dois casos, para evitar que a escola fique com o nome prejudicado.
A direção da escola Professora Helena Prates alegou que não poderia falar sobre as denúncias, pois somente a Superintendência Regional de Ensino de Montes Claros está autorizada para isso. Na Superintendência, a alegação é de que somente a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação abordaria o caso. A mesma assessoria informou que a polícia foi acionada e tomadas as providências contra os envolvidos.
A assessoria da Secretaria Estadual de Educação informou que a inspetora da escola foi para o estabelecimento de ensino, buscando avaliar o que está ocorrendo ali e as medidas a serem adotadas. A diretora Janete Madureira salientou que todas providências foram tomadas em defesa da adolescente, inclusive com acompanhamento psicológico. Porém, nega que tenha havido outros casos, pois a direção não foi comunicada por qualquer aluno ou professor.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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