Cruzeiro é presa fácil no primeiro tempo, melhora no segundo, mas cai diante do Atlético-PR por 1 a 0
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| Apesar de melhorar consideravelmente no segundo tempo, Cruzeiro não foi eficiente no Sul do país e saiu derrotado pelo Atlético-PR |
Mesmo mudando a postura, ficando mais agressivo e melhor no segundo tempo, o time de Vágner Mancini não aproveitou as chances que teve e sequer conseguiu empatar. Agora os celestes terão que resolver a parada em Belo Horizonte, no próximo dia 9 (quarta), no jogo da volta, ainda em local a ser definido.
Como está fora da decisão do Campeonato Mineiro, a Raposa terá tempo para se preparar: uma semana antes de receber os paranaenses em território mineiro.
Primeiro tempo
A pressão em cima do Cruzeiro era grande. Eliminado do Campeonato Mineiro, o time celeste, que ainda não teve tempo de se recompor do baque no estadual, entrou em campo na Vila Capanema sofrendo com os efeitos do ambiente pesado e dos bastidores agitados.
Vivendo um momento ruim, a Raposa viu o Atlético-PR melhor no início do primeiro tempo. Logo aos quatro minutos, Guerrón recebeu passe pelo lado direito do ataque e chutou para o gol. A bola até balançou as redes de Fábio, mas o árbitro Wilton Pereira Sampaio assinalou impedimento no lance, para sorte dos celestes.
Mesmo com o susto o Cruzeiro pouco fazia para diminuir a movimentação do Atlético-PR. Acuado, o time mineiro errava muitos passes e os comandados de Vágner Mancini se mostravam totalmente perdidos em campo. Com isso, o gol atleticano não demorou a acontecer.
Em jogada rápida no ataque, aos oito minutos, Guerrón carregou a bola, partindo do meio-campo, e chegou à ofensiva pelo lado esquerdo. O atacante veloz fez o cruzamento para o centro da área, onde encontrou Edigar Junio, que arrematou para o gol e balançou a rede de Fábio: 1 a 0 Furacão.
Sem esboçar reação, o Cruzeiro era travado pela, até então, eficaz marcação do Atlético-PR. Bagunçado em campo e mal armado, os cruzeirenses viram Patrick perder um gol incrível.
Aos 20 minutos, Em erro bizarro de Roger, que atravessou uma bola no meio de campo – tentando encontrar o zagueiro Léo - Patrick roubou a redonda e seguiu sem marcação rumo ao gol de Fábio. Na 'hora H' o atacante finalizou rasteiro, mandando para fora, de forma incrivelmente.
O toque de talento do Cruzeiro, que mostrou pequena lucidez ao fim da etapa inicial, só aconteceu aos 29 minutos. Roger recebeu lançamento de longe e viuVinicius muit adiantado. De três dedos, o meia celeste mandou uma bola venenosa, que passou perto da trave atleticana.
O lance animou os cruzeirenses. Apesar de não conquistar o empate ainda no primeiro tempo, o time mineiro teve ligeira melhora. Aos 45 outra boa jogada da ofensiva azul. Roger encontrou Wellington Paulista dentro da área e lançou a bola. Bem no lance, Vinicius se adiantou e afastou o perigo.
Segundo tempo
Após um início terrível, o técnico Vágner Mancini, que já havia promovido a estreia do zagueiro Alex Silva, apostou em mais um novato. Na vaga de Amaral, que esteve mal enquanto ficou em campo, o meia Souza foi acionado. A mexida resultou em um Cruzeiro um pouco melhor na etapa de número dois.
Aos sete minutos, Marcelo Oliveira carregou bem a bola, desde o meio-campo. Perto da entrada da área o volante celeste fez o arremate, mas o tiro saiu fraco, facilitando a defesa de Vinícius.
Quase em sequência, aos dez, o então melhor em campo pelo lado do Cruzeiro, Roger, recebeu na entrada da área e, com um chute forte, assustou Vinícius. Quase era o empate azul celeste.
Aos 14 minutos o técnico Carrasco, do Atlético-PR, queimou a regra três. No intervalo já havia sacado Edigar Junio e Liguera, acionando Bruno Mineiro e Zezinho, respectivamente. Posteriormente, tirou o meia Paulo Baier e acionou o conhecido volante Renan, que teve passagens por Cruzeiro e Atlético. A mudança não agradou o torcedor paranaense, que chamou o comandante rubro-negro de “burro”.
Mais presente no setor ofensivo a Raposa ainda viu Anselmo Ramon ser protagonista de um lance plástico. Aos 16, Roger fez o lançamento para a área e o atacante do Cruzeiro tentou emendar uma bicicleta. A bola ficou nas mãos do goleiro atleticano.
Para tentar dar mais movimentação ao ataque, Wellington Paulista, outro que pouco fez em benefício do Cruzeiro, deu lugar ao veloz Wallyson.
Aos 22, outra chance desperdiçada pelo Cruzeiro. Marcelo Oliveira recebeu passe de Anselmo Ramon, penetrou pela esquerda e, na frente com o goleiro, mandou a bola para o alto.
Muito em cima o time celeste dava espaços para o Atlético-PR jogar. Aos 32 minutos, em lance muito rápido de contra-ataque, Guerrón avançou e mandou a bola para a área. Patrick chegou de cabeça e a bola carimbou a trave.
Depois de se ver acuado, com o Cruzeiro pressionado bastante, o Furacão ainda teve forças para assustar no finalzinho. Patrick lançou Heracles, que bateu forte, mas a bola foi para fora. Mas o primeiro capítulo das oitavas de final foi escrito assim: 1 a 0 Atlético-PR, que jogará com a vantagem do empate em Belo Horizonte.
ATLÉTICO-PR 1 X 0 CRUZEIRO
Motivo: jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil
Estádio: Durival de Britto, em Curitiba-PR
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Renda: R$ 92.360
Público: 6.581 pagantes
Cartões Amarelos: Ligüera, Guerrón, Renan (Atlético-PR); Amaral, Roger, Alex Silva, Leandro Guerreiro (Cruzeiro)
Gol: Edigar Junio (Atlético-PR)
Atlético-PRVinícius; Gabriel Marques, Manoel, Bruno Costa e Héracles; Deivid, Paulo Baier (Renan) e Ligüera (Zezinho); Guerrón, Patrick e Edigar Junio (Bruno Mineiro)
Técnico: Juan Carrasco
CruzeiroFábio; Diego Renan, Léo, Alex Silva e Everton; Leandro Guerreiro, Marcelo Oliveira, Amaral (Souza) e Roger (Gilson); Anselmo Ramon e Wellington Paulista (Wallyson)
Técnico: Vágner Mancini
Pablo de Melo
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