Prefeito e vice de Januária fogem do MP como o diabo foge da cruz

Afonso (E) e Arruda brincam de esconde-esconde com o MP
(por Fábio Oliva) Após brigar com o bispo, agora o prefeito de Januária foge do Ministério Público como o diabo foge da cruz. Maurílio Arruda e Afonso do Sindicato (PTC) eram aguardados quarta-feira (14) na sede da Promotoria de Justiça de Januária. Os dois foram intimados a depor no Inquérito Civil Público (ICP) que investiga o uso de dinheiro público para pagamento de cabos eleitorais que trabalharam na campanha de ambos em 2008. Coincidentemente, Arruda e Afonso alegaram compromissos oficiais assumidos anteriormente para não enfrentarem as perguntas do promotor encarregado de defender o patrimônio público da súcia que há anos trata o patrimônio público de Januária com se fosse particular.

O pagamento de cabos eleitorais que trabalharam na campanha de Arruda e Afonso em 2008, com dinheiro da Prefeitura de Januária, foi denunciado às autoridades por um dos beneficiários do esquema. Em depoimentos prestados à Polícia Civil, ao Ministério Público e em juízo, o líder comunitário Geraldo Diamantino França admitiu que jamais prestou qualquer serviço à Prefeitura de Januária. Simplesmente recebia sem trabalhar. Segundo ele, o contrato de prestação de serviços que lhe favorecia com pagamentos de R$ 900,00 foi uma farsa montada dentro do gabinete do prefeito.

Num gesto de desespero, o vice pediu que o líder comunitário assinasse diversos documentos, entre os quais havia misturado um que, em tese, serviria para desmentir o imbróglio.

A armação não deu certo e ainda piorou a situação dos acusados, na medida em que, na prática, tentaram forjar provas inverídicas.

A controladoria interna deveria ser o primeiro órgão a identificar e combater irregularidades na administração municipal. Mas em Januária, ao longo dos anos, aperfeiçoou métodos para dar ares de aparente legalidade a uma série de atos ilícitos.

Encurralado, Arruda ajuizou ação para obrigar França a devolver o dinheiro recebido. O gesto foi interpretado como tática de despistamento. Mais uma vez a tramóia falhou. Para especialistas consultados, com o ajuizamento da ação Arruda acabou foi admitindo que a trapaça de pagar cabos eleitorais por serviços que nunca foram prestados à Prefeitura de fato ocorreu.


Pablo de Melo

Fonte: blog Fábio Oliva

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