Prefeito e vice de Januária fogem do MP como o diabo foge da cruz
Afonso (E) e Arruda brincam de esconde-esconde com o MP |
O pagamento de cabos eleitorais que trabalharam na campanha de Arruda e Afonso em 2008, com dinheiro da Prefeitura de Januária, foi denunciado às autoridades por um dos beneficiários do esquema. Em depoimentos prestados à Polícia Civil, ao Ministério Público e em juízo, o líder comunitário Geraldo Diamantino França admitiu que jamais prestou qualquer serviço à Prefeitura de Januária. Simplesmente recebia sem trabalhar. Segundo ele, o contrato de prestação de serviços que lhe favorecia com pagamentos de R$ 900,00 foi uma farsa montada dentro do gabinete do prefeito.
Num gesto de desespero, o vice pediu que o líder comunitário assinasse diversos documentos, entre os quais havia misturado um que, em tese, serviria para desmentir o imbróglio.
A armação não deu certo e ainda piorou a situação dos acusados, na medida em que, na prática, tentaram forjar provas inverídicas.
A controladoria interna deveria ser o primeiro órgão a identificar e combater irregularidades na administração municipal. Mas em Januária, ao longo dos anos, aperfeiçoou métodos para dar ares de aparente legalidade a uma série de atos ilícitos.
Encurralado, Arruda ajuizou ação para obrigar França a devolver o dinheiro recebido. O gesto foi interpretado como tática de despistamento. Mais uma vez a tramóia falhou. Para especialistas consultados, com o ajuizamento da ação Arruda acabou foi admitindo que a trapaça de pagar cabos eleitorais por serviços que nunca foram prestados à Prefeitura de fato ocorreu.
Pablo de Melo
Fonte: blog Fábio Oliva
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