Do norte de Minas Gerais ao interior de Portugal

Usando máscaras, artistas se aproximam de moradores locais
Criado especificamente para o bairro da Lagoinha, região habitada pelo grupo Teatro Público no segundo semestre de 2011, o espetáculo "Naquele Bairro Encantado" chega a sua segunda edição belo-horizontina com perspectivas e experiências que em muito superam suas primeiras expectativas. "Inicialmente, pensávamos que o projeto não poderia sair da Lagoinha, com seu casario antigo e sua longa tradição, mas aos poucos percebemos que seria possível estabelecer relações com outros lugares, assumindo outros formatos e contextos", conta o diretor Rogério Lopes, que já levou o espetáculo a situações tão diferentes quando o norte de Minas e o interior de Portugal.
"Nesses casos, substituímos o conceito de ‘Estranhos Vizinhos’ por ‘Estranhos Visitantes’. Nós já chegamos às cidades mascarados, em busca de um lugar onde poderíamos nos hospedar, e aproveitamos o passeio para divulgar a serenata, que seria o motivo da inusitada visita", explica Lopes, que encontrou boa receptividade em ambos os contextos visitados.
"O que percebemos, a partir dessas experiências, é que o ser humano tem uma disponibilidade e um potencial muito grande para brincar e imaginar, e que não precisamos de máquinas para que isso aconteça. Mesmo vivendo em um contexto no qual o lazer e a convivência são atravessados por atividades como a televisão e a internet, é importante lembrar que há possibilidades muito mais simples e tão potentes quanto elas", reflete Lopes, cuja pesquisa de doutorado reflete justamente sobre a centenária estrutura das Folias de Reis.



Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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