Montes Claros: PF prende suspeito de fraudar procedimentos para colocar ao menos 29 armas no mercado clandestino na região


(Por g1 Grande Minas) A Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva contra um homem investigado em um esquema de fraude em aquisição, registro e o comércio ilegal de armas na região de Montes Claros. Ele foi detido nesta terça-feira (13).

Segundo a PF, a ordem judicial é decorrente da operação Spawning, deflagrada em 16 de agosto deste ano.

“O homem preso hoje é despachante de armas e suspeito de fraudar procedimentos, com intuito de dispersar ao menos 29 armas de fogo no mercado clandestino", divulgou a PF.

A PF informou ainda que o homem já foi encaminhado ao sistema prisional e permanece à disposição da justiça.

O g1 não conseguiu localizar a defesa do preso até a última atualização desta reportagem. Se algum advogado se manifestar, o posicionamento poderá ser incluído.

Sobre a operação
No dia 16 de agosto, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra fraudes na aquisição e registro de armas em Montes Claros. Durante a ação, denominada Spawning, foram cumpridos dois mandados judiciais de busca e apreensão e 18 ordens judiciais de notificação de apresentação e inspeção de arma de fogo.

Segundo informações divulgadas pela polícia, em janeiro deste ano foram constatadas inconsistências em requerimentos de aquisição e registro de armas junto à delegacia da PF na cidade.

“Investigações apontaram que determinado procurador, que atuava como despachante em procedimentos de arma de fogo, teria fraudado os procedimentos para viabilizar a aquisição de armas de fogo em nome de terceiros e possivelmente dispersado essas armas no mercado clandestino.”

A PF esclareceu que as medidas judiciais e os depoimentos coletados ajudarão a identificar os envolvidos no esquema e a destinação das armas adquiridas nos procedimentos com suspeita de fraude.

As diligências ainda estão em andamento e já resultaram na prisão em flagrante de uma pessoa que possuía ilegalmente munições de calibre restrito. Além disso, foi constatado que meios fraudulentos foram utilizados para a aquisição de mais de 20 armas.

A Polícia Federal ainda destacou que não credencia “despachantes” para atuarem na aquisição e registro de armas, embora algumas pessoas têm outorgado procuração para que sejam representadas por terceiros.

“O procedimento é detidamente esclarecido no site da PF e qualquer orientação adicional é prestada diretamente nos postos de atendimento.”

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