AMAMS solicita doação de dessalinizadores a municípios através do Programa Água Doce
Desde a década de 90 que o Governo instalou dessalinizadores em vários municípios do Norte de Minas, em atividade coordenada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). Porém, muitos equipamentos ficaram inservíveis, pois o filtro que faz a retirada do sal é muito caro e ainda tem vida curta. Na reunião em Belo Horizonte, ficou acertado que no dia 25 de agosto será realizado o Encontro Estadual do Programa Água Doce, que atenderá 35 municípios do semi-árido. No dia 18 de agosto, acontecerá também uma reunião com os municípios filiados ao Consorcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Norte de Minas (Codanorte), com o tema resíduos sólidos.
A AMAMS apresentou ao secretário, uma demanda vivida por muitos municípios, onde a água extraída dos poços tem apresentado alto teor de sal, o que a torna inviável para consumo humano. Dentro os municípios atendidos no Norte de Minas estão: Águas Vermelhas, Catuti, Espinosa, Mamonas, Manga, Mato Verde, Monte Azul, Ninheira, Pai Pedro, Porteirinha, Riacho dos Machados, Rubelita, Salinas, Santa Cruz de Salinas, São João do Paraíso, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Varzelândia e Verdelândia. No Vale do Jequitinhonha são Almenara, Araçuaí, Comercinho, Felisburgo, Francisco Badaró, Itaobim, Itinga, Jacinto, Jequitinhonha, Jordânia, Rubim e Salto da Divisa.
O Programa Água Doce é uma ação do Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, que visa o estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização ambiental e socialmente sustentáveis para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda em comunidades difusas do semi-árido.
Lançado em 2004, o PAD foi concebido e elaborado de forma participativa durante o ano de 2003, unindo a participação social, proteção ambiental, envolvimento institucional e gestão comunitária local. Possui como premissas básicas o compromisso do Governo Federal de garantir à população do semi-árido o acesso à água de boa qualidade, além de ser amparado por documentos importantes como a Declaração do Milênio, a Agenda 21 e deliberações da Conferência Nacional do Meio Ambiente.
O PAD está estruturado em seis componentes: gestão, pesquisa, sistemas de dessalinização, sustentabilidade ambiental, mobilização social e sistemas de produção. O componente da gestão é responsável pela formação de recursos humanos, elaboração de diagnósticos técnicos e ambientais, manutenção e operacionalização dos sistemas, além de dar o apoio ao gerenciamento e manutenção dos sistemas. O componente pesquisa é direcionado à otimização dos sistemas de produção com o aprofundamento dos conhecimentos em plantas halófitas, nutrição animal e piscicultura.
Ascom | AMAMS
Comentários
Postar um comentário