Prefeitura de Montezuma tenta comprar 18 litros de bebida alcóolica por habitante e é barrada pelo TCE-MG

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O Balneário de Montezuma é uma espécie de clube de diversão, com piscinas aquecidas e toboáguas. Foto: Prefeitura de Montezuma Dezoito litros por habitante. Essa foi a quantidade de bebidas alcóolicas que a prefeitura de Montezuma, no Norte do estado, tentou licitar em um processo de compra pública, suspenso pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) nesta quinta-feira (17). O valor total da contratação, que também previa a aquisição de outros tipos de bebidas, era de R$ 8,1 milhões O montante é superior à receita anual prevista pela Empresa Municipal de Turismo de Montezuma (Emutum), responsável pelo edital, que estimava 79 itens líquidos, sendo 43 deles com álcool. O objetivo da compra, conforme descrito no documento, era a “manutenção de atividades comerciais e turísticas do Balneário do Município de Montezuma”. O balneário funciona como um clube de diversão e lazer, com piscinas de águas quentes e toboáguas. Somente em itens alcoólicos, o certame descrevia o gasto de R$ 4,3 m...

Justiça confirma condenação de empresas por descumprirem leis de localização de antenas em Montes Claros

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou provimento aos recursos de apelação interpostos por três empesas de telecomunicações contra a decisão de primeiro grau que as condenou ao pagamento de indenização pelo dano moral coletivo causado, no valor de R$60 mil cada, em decorrência da inadequação de suas antenas no município de Montes Claros, no norte do estado.

Conforme demonstrou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em Ação Civil Pública (ACP), as recorrentes estavam descumprindo as disposições da Lei municipal nº. 3.215/2004 no que se refere à localização das antenas de telefonia celular, estações de rádio base (ERB’s) e aparelhos afins.

Ficou comprovado que elas, apesar de disporem de 150 dias para a adequação dos equipamentos já instalados às exigências da lei, não tomaram nenhuma providência para ajustá-los às distâncias mínimas de escolas, centros de saúde e residências determinadas pela legislação municipal, causando danos à coletividade.

Constitucionalidade
No acórdão, a 5ª Câmara Civil do TJMG rebateu a tese apresentada pelas recorrentes de inconstitucionalidade da Lei municipal 3.642/2006, editada também para disciplinar os requisitos a serem observados para instalação e funcionamento das ERB’s. Segundo as empresas, a lei seria inconstitucional por usurpar a competência legislativa privativa outorgada à União pela Constituição Federal.

Contudo, no entendimento do TJMG, “ao vedar a instalação dos equipamentos de telefonia celular em determinados logradouros e estabelecer critérios para sua localização, as Leis municipais 3.215/2004 e 3.642/2006 trataram de matéria de nítido interesse local, relacionada com a promoção do adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano – competência do Município”.

Ainda conforme a Câmara, em questões relacionadas à saúde da população e ao meio ambiente, o município possui competência legislativa comum e concorrente com a dos demais entes federativos. “Tanto a Lei Federal quanto a Lei Municipal têm como objetivo salvaguardar a saúde da população de possíveis efeitos nocivos da radiação, bem como proteger o meio ambiente”.

O acórdão ressalta, também, que o intencional e destemido descumprimento das leis municipais pelas apelantes configura conduta capaz de ensejar o abalo moral coletivo e o consequente dever de reparação.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

Fonte: Aconteceu no Vale

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