Norte de Minas registra 34 tremores de terra no ano de 2016, diz pesquisa
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Gráfico mostra a movimentação da falha |
Nenhum dos abalos registrados no ano passado chegou a atingir 2,5 de magnitude na escala Escala Richter. O responsável pelo Núcleo de Estudos Sismológicos (NES) da Unimontes, professor Expedito José Ferreira, disse que o Norte de Minas possui histórico de tendências a tremores de terra, por isso, a importância de se registrar e estudar estas ocorrências.
“Os dados monitorados em Montes Claros são importantes para a sismologia de todo o mundo. É muito importante que nós possamos reconhecer as ocorrências, e assim, passar a conhecer os caminhos da sismologia na região”, explica.
Desde o ano de 2013 o NES possui duas estações instaladas no município. Os registros feitos pelas estações apontam que a falha responsável pelos abalos na região é bem maior que o tamanho até então divulgados, de dois a três quilômetros.
“A falha está nas proximidades da Vila Atlântida, região noroeste de Montes Claros. O que se percebeu nos dados colhidos até agora é que os tremores estão saindo do centro urbano e migrando para a zona rural. O que precisamos é dotar de pesquisas para reconhecer a verdadeira dimensão desta falha”, diz o professor.
O maior tremor de terra registrado na região, de 4,2 graus de magnitude, foi em maio de 2012, em Montes Claros. Mesmo com o possível aumento na falha geológica, o professor explica que, caso haja novos abalos, os tremores não cheguem à mesma magnitude do registrado naquele ano. “Nós temos dois sismógrafos monitorando a região. Nós precisamos de pelo menos mais dois aparelhos. Assim podemos aumentar o número de dados para os estudos dos abalos sísmicos no Norte de Minas”.
A publicação com os dados do Núcleo de Estudos Sismológicos será mensal. A próxima edição está o prevista para esta terça-feira (7).
Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com
Fonte: G1
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