Polícia tem suspeito de ter colocado fogo que atinge parque em MG

Ainda não á estimativa de área atingida; trabalhos estão concentrados no combate
(Foto: Michelly Oda / G1)
(G1) A Polícia Militar de Meio Ambiente já fez um levantamento de informações para avaliar se o incêndio que atinge o Parque da Lapa Grande, em Montes Claros (MG), é criminoso. Segundo o major Paulo Veloso, uma pessoa já foi identificada como suspeita de ter colocado o fogo, que se alastrou pela unidade de conservação ambiental. O caso será repassado para a Polícia Civil e para a Promotoria de Meio Ambiente.
“Não é prudente divulgarmos o nome, já que ainda estamos fazendo a apuração do fato. As queimadas são proibidas pelo Código Florestal, resguardadas algumas raras exceções, que precisam da autorização dos órgãos ligados ao meio ambiente. A pena para quem comete este tipo de crime pode chegar a quatro anos de reclusão”, explica o Major Paulo Veloso.
De acordo com as informações de Margarete Caire, chefe do Instituto Estadual de Florestas em Montes Claros, o fogo começou em uma área de capim. Ela afirma que, imediatamente, quando os primeiros focos surgiram a brigada do parque foi acionada. O combate conta com a ajuda de três aeronaves e de 100 pessoas.
Ainda não há uma estimativa da área atingida, um levantamento deve ser feito assim que as chamas forem controladas.

Combate

O combate ao incêndio que atinge ao Parque da Lapa Grande chega ao quinto dia nesta terça-feira-feira (10), os trabalhos começaram no fim da tarde da sexta (6). A expectativa, de acordo com Rodrigo Belo coordenador do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio), é de que as chamas sejam debeladas em até três dias.
“Hoje está com panorama melhor, mas ainda não é uma situação de controle, estamos com várias frentes de combate e, a medida que o dia vai esquentando, o incêndio vai tomando proporções novamente, mas temos uma equipe mobilizada, inclusive com brigadistas de outras unidades de conservação, o que nos permite fazer um revezamento no combate noturno”, explica.
Rodrigo Belo também esclarece que os trabalhos realizados durante a noite e madrugada permitem que as chamas sejam combatidas com maior efetividade. A maior dificuldade, segundo o coordenador do Previncêndio, é que os brigadistas têm menor visibilidade para atuar.
“O fogo está com uma temperatura mais baixa e o desgaste físico da equipe é menor, mas não podemos fazer deslocamentos longos, já que a visão é restrita”, explica.
Luiz Cosme da Silva é um dos seis brigadistas que veio do Parque Serra Nova, em Serranópolis de Minas (MG). Ele atua nesta função desde julho deste ano.
"Chegamos e vimos uma situação de difícil combate, é um trabalho cansativo, temos que nos preocupar em tomar muita água para não desidratarmos, é preciso termos cuidado com animais peçonhentos, mas recebemos treinamento e estamos preparados para agir diante de situações como esta", afirma.

Aceiro
Além do trabalho, que está sendo feito 24 horas, máquinas estão no Parque da Lapa Grande para abertura de aceiros.
“Como o incêndio está descontrolado e a propagação está muito rápida, esta é a melhor forma. Entramos com maquinário pesado, vamos desmatar para conseguir fazer o combate. Fazemos a limpeza de uma área, como se fosse uma estrada, que vai impedir que o fogo se alastre, e nossos brigadistas vão poder atuar com mais eficácia”, diz tenente Diego Prates, do Corpo de Bombeiros.

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