Delator associa propinas de obras da Petrobras com campanhas municipais petistas em 2012
(Por Luís Cláudio Guedes) Reportagem publicada pelo jornal 'Estado de S.Paulo' no final de semana associa desvios de recursos da Petrobras com as campanhas municipais de 2012. Em delação premiada que fechou no mês de agosto, o executivo Walmir Pinheiro Santana, ligado à UTC Engenharia, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) que propinas de R$ 15,51 teriam sido pagas ao PT relativas às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Parte desse valor, R$ 1,8 milhão, foram destinadas para algumas campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores (provavelmente para campanhas ao cargo de prefeito).
Walmir Pinheiro Santana relatou que João Vaccari o autorizou a abater, também dos R$ 15,51 milhões, valores para José de Filippi Júnior, ex-tesoureiro das campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e Dilma em 2010. O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) recebeu R$ 1,69 milhão dessa bolada. Os valores repassados a Dirceu e às campanhas petistas passavam sempre pelo crivo do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, atualmente preso em Curitiba.
O delator insinua, sem apresentar provas efetivas, que o dinheiro da propina teria sido usado para pagamento de despesas de campanha dos candidatos petistas dos municípios de Contagem (Durval Ângelo), Belo Horizonte (Patrus Ananias), Montes Claros (Paulo Guedes), em Minas, Recife (Humberto Costa), Campinas (Marcio Pochmann) e São Bernardo do Campo (Luiz Marinho). Uma mulher ligada ao PT mineiro teria recebido valor adicional de R$ 150 mil para suposto evento partidário em Belo Horizonte organizado pelo PT. A ajuda da UTC, no entanto, ajudou pouco os candidatos petistas a prefeito em 2012. Apenas Luiz Marinho se elegeu prefeito, em São Bernardo.
O delator afirmou à força-tarefa da Lava Jato que participou 'da estruturação do negócio do Comperj'. Segundo o executivo, a Petrobras resolveu, naquela ocasião, fazer uma "contratação direta" para execução da obra. A força-tarefa da Operação Lava-Jato ouviu do delator contou que a assinatura do contrato do Comperj, entre a Petrobras e o Consórcio TUC - UTC, Odebrecht e Toyo do Brasil -, teve como contrapartida “compromissos" para PT no valor de R$15,51 milhões.
'Estritamente dentro da lei'
Procurado pelo jornal, o Partido dos Trabalhadores repetiu a alegação que adota para o assunto: todas as doações que recebeu foram realizadas "estritamente dentro dos parâmetros legais e declaradas à Justiça Eleitoral". O advogado de João Vaccari Neto, o criminalista Luiz Flávio Borges D'urso, emitiu nota em que “reitera que as manifestações [do delator] são oriundas de uma delação, de modo que, primeiramente, não procede e não há nenhum elemento de prova que possa corroborar essas informações. Até porque Vaccari jamais solicitou, recebeu ou negociou dinheiro de origem ilícita. Apenas cumpriu seu papel, enquanto tesoureiro do PT, ao solicitar doações de pessoas físicas e jurídicas, indicando a conta do partido para que essas doações absolutamente legais fossem depositadas".
Walmir Pinheiro Santana relatou que João Vaccari o autorizou a abater, também dos R$ 15,51 milhões, valores para José de Filippi Júnior, ex-tesoureiro das campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e Dilma em 2010. O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) recebeu R$ 1,69 milhão dessa bolada. Os valores repassados a Dirceu e às campanhas petistas passavam sempre pelo crivo do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, atualmente preso em Curitiba.
O delator insinua, sem apresentar provas efetivas, que o dinheiro da propina teria sido usado para pagamento de despesas de campanha dos candidatos petistas dos municípios de Contagem (Durval Ângelo), Belo Horizonte (Patrus Ananias), Montes Claros (Paulo Guedes), em Minas, Recife (Humberto Costa), Campinas (Marcio Pochmann) e São Bernardo do Campo (Luiz Marinho). Uma mulher ligada ao PT mineiro teria recebido valor adicional de R$ 150 mil para suposto evento partidário em Belo Horizonte organizado pelo PT. A ajuda da UTC, no entanto, ajudou pouco os candidatos petistas a prefeito em 2012. Apenas Luiz Marinho se elegeu prefeito, em São Bernardo.
O delator afirmou à força-tarefa da Lava Jato que participou 'da estruturação do negócio do Comperj'. Segundo o executivo, a Petrobras resolveu, naquela ocasião, fazer uma "contratação direta" para execução da obra. A força-tarefa da Operação Lava-Jato ouviu do delator contou que a assinatura do contrato do Comperj, entre a Petrobras e o Consórcio TUC - UTC, Odebrecht e Toyo do Brasil -, teve como contrapartida “compromissos" para PT no valor de R$15,51 milhões.
'Estritamente dentro da lei'
Procurado pelo jornal, o Partido dos Trabalhadores repetiu a alegação que adota para o assunto: todas as doações que recebeu foram realizadas "estritamente dentro dos parâmetros legais e declaradas à Justiça Eleitoral". O advogado de João Vaccari Neto, o criminalista Luiz Flávio Borges D'urso, emitiu nota em que “reitera que as manifestações [do delator] são oriundas de uma delação, de modo que, primeiramente, não procede e não há nenhum elemento de prova que possa corroborar essas informações. Até porque Vaccari jamais solicitou, recebeu ou negociou dinheiro de origem ilícita. Apenas cumpriu seu papel, enquanto tesoureiro do PT, ao solicitar doações de pessoas físicas e jurídicas, indicando a conta do partido para que essas doações absolutamente legais fossem depositadas".
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