Cerca de 100 pessoas combatem incêndio que atinge parque em MG
Incêndio Lapa Grande |
Segundo Margarete Caires chefe do IEF da regional em Montes Claros, imediatamente quando os primeiros focos surgiram, a brigada do parque foi acionada. O combate conta com a ajuda de três aeronaves. Nesta segunda, a equipe ganhou o reforço de brigadistas de outras unidades de conservação ambiental.
Margarete Caires explica que as primeiras chamas começaram em uma área onde havia capim, ela também esclarece que há indícios de que o incêndio é criminoso e a investigação já foi iniciada.
Em relação aos estragos, a chefe do IEF destaca que ainda não é possível afirmar qual o tamanho da área afetada, já que a preocupação no momento é apagar o fogo. Em seguida, uma equipe também vai levantar quais os danos causados. Margarete também diz que, segundo relatos da gerência do Parque da Lapa Grande, este é o pior incêndio já registrado. A unidade de conservação tem aproximadamente 15 mil hectares.
Dificuldades para o combate das chamas
O tenente Diego Prates, do Corpo de Bombeiros, explica que alguns focos estão em locais isolados, os brigadistas são levados até estes locais de helicóptero.
“Chegou um momento ontem [domingo] que achamos que os focos estavam controlados, mas infelizmente a temperatura, a baixa umidade e vegetação seca propagaram o incêndio, que agora está em um momento bastante complicado para fazer o combate direto.”
Danos ao meio ambiente
Mário Marcos, professor da Universidade Estadual de Montes Claros e doutor em Ecologia, explica que os danos causados por incêndios de forma geral impactam na fauna, flora, solo e recursos hídricos, mas se tratando de uma unidade de conservação ambiental, criada com o objetivo de preservação, as consequências podem ser ainda maiores.
“Com a mortandade de plantas e animais, pode haver perda da biodiversidade e o ecossistema pode ser seriamente afetado, inclusive com a extinção de espécies”, explica.
O especialista destaca também que os danos causados pelo incêndio vão além do território do parque. “A unidade de conservação sofre as consequências, mas todo a região é afetada, já que haverá mais gases que contribuem para o efeito estufa na atmosfera, além disto, com a retirada da cobertura vegetal, o solo pode sofrer erosão e os sedimentos são levados para os cursos de água, causando assoreamento”, esclarece.
Em relação aos danos causados ao meio ambiente, Mário Marcos afirma que a recuperação pode demorar muito anos e pode até não ocorrer.
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