Tentativa de feminicídio choca Janaúba: rapaz de 18 anos esfaqueia a própria mãe dentro de casa

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Vítima de 38 anos foi socorrida com múltiplos ferimentos; agressor foi preso em flagrante enquanto tentava fugir Janaúba, no Norte de Minas Gerais, foi palco de um episódio de violência extrema neste fim de semana. Uma mulher de 38 anos foi atacada dentro da própria casa pelo filho, de apenas 18 anos, e sobreviveu após ser esfaqueada diversas vezes. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio pela Polícia Militar. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou que estava em casa quando o filho se levantou, foi até a cozinha e retornou com uma faca tipo peixeira. Antes de desferir os golpes, teria dito: “desculpa, mãe”. Em seguida, passou a agredi-la. Ferida, a mulher conseguiu correr até a rua para pedir socorro. Uma vizinha prestou os primeiros atendimentos e acionou a polícia. Testemunhas contaram que o jovem ainda perseguia a mãe, com a arma em mãos, quando foi surpreendido pelos militares. Ele tentou fugir, mas foi contido e preso em flagrante. A faca utilizada no crime ...

Padrasto suspeito de matar bebê de 4 meses é preso em São João da Ponte

Felício nega que tenha cometido violência sexual
contra enteado e que batia na mulher
(Foto: Michelly Oda / G1)
(G1) Foi preso nesta segunda-feira (21) Felício Rodrigues Cordeiro, de 29 anos, investigado por matar o enteado Davi Lucas Rodrigues, de quatro meses, em São João da Ponte (MG). O suspeito se apresentou na delegacia com um advogado, mas a Justiça já havia expedido um mandado de prisão contra ele. Segundo as informações do laudo da Polícia Civil, o menino morreu por politraumatismo, tinha escoriações em várias partes do corpo, além de apresentar sinais de violência sexual.
“Eu cheguei em casa e briguei com minha mulher, ela estava com meu bebezinho no colo, empurrei e escutei um bate forte na parede, não sei se foi ela que bateu na parede ou se foi a cabeça do meu bebê. Fui tomar banho e falei para ela dar banho no meu filho, mas eu balancei ele e não vi ele mexendo, peguei no coraçãozinho dele e não estava batendo, soprei a boquinha dele e ele não respirou e nem nada, saí com ele correndo e fui procurar uma ajuda pra ir no hospital”, disse o suspeito em entrevista ao G1.
Além de Felício Cordeiro, a mulher dele, Michele Ribeiro, de 26, foi detida, mas já foi liberada. Familiares, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar confirmaram que o casal brigava com frequência e que ela era vítima de violência doméstica frequentemente. Segundo a médica que atendeu o bebê, após suspeitar do caso e chamar a PM, os dois fugiram do hospital. O corpo passou por exames no Instituto Médico Legal de Januária (MG).
"Os dois chegaram com o bebê enrolado em uma mantinha, fomos prestar os primeiros socorros e vimos que ele já estava sem vida, chamei os familiares e informei sobre a morte. Achei estranho porque a criança estava sem roupa e perguntei para a mãe o que havia ocorrido. Ela disse que dava banho e ele estava parado. Uma pessoa disse que era uma família com história de conflitos, com denúncias de maus tratos, então resolvi chamar a polícia e eles fugiram", conta a médica Melissa Moreira.
Sobre a fuga, Felício afirmou que ficou com medo de ser preso por causa das brigas que tinha com a companheira, por isto fugiu.

Histórico de violência
A conselheira tutelar, Luciene da Silva, acompanhava a situação da família, que morava na cidade há cerca de três meses. Felício é natural de São João da Ponte e havia ficado Sul de Minas para trabalhar por nove meses. Lá, ele conheceu Michele e os dois vieram para o Norte de MG com o recém-nascido. O suspeito tem diversas passagens pela polícia por furto, agressão, assalto, desobediência, lesão corporal, calúnia e violação de domicílio. Não há informações se a mulher já havia sido presa anteriormente.
"Recebemos uma denúncia de que ele havia queimado o bebê, fomos na casa e eles dois disseram que o menino havia levado uma picada de inseto, por isso ele fez uma mistura de farinha e colocou no local. Depois descobrimos que ele havia puxado a criança pelo pé e usou da mistura para esconder o lugar que havia ficado roxo. Recebemos informações também de que ele furava as bolhas da queimadura com agulhas, voltamos no local e eles negaram. Já encontramos a mulher com a testa inchada, com a boca cortada e com hematomas pelos braços, mas ela sempre inventava uma desculpa e dizia que havia se machucado", fala.
Geraldo Rodrigues, irmão de Felício, presenciou algumas das discussões entre o casal. "Ouvia os barulhos e vinha aqui para separar a briga, mas ela fingia que estava tudo normal. Os dois foram culpados, e acabou acontecendo com esta tragédia."


Depoimento da mãe
Em depoimento para a Polícia Civil, Michele negou ter participado do crime e disse que a culpa foi do companheiro.
"A mãe disse que ele ameaçava ela e a criança, que aquele seria o último dia deles, já que ia matar os dois. Ele a mandou entrar no quarto e sair sem a ordem dele, enquanto isso ela ouvia barulhos vindos da sala, quando saiu viu o companheiro soprando a boca do bebê, acordando-o ao puxar o travesseiro e a manta, como se fosse para torturá-lo. Ela viu que o menino estava mole e resolveu ir ao hospital, o companheiro dela foi junto", explica o delegado Fernando Elias.
Em relação aos sinais de violência sexual, Felício negou e disse também que nunca agrediu a mulher. “A gente brigava, quase todo dia. Ela me xingava eu xingava ela, mas discussão de marido e mulher, mas de bater nela pra machucar, isso não. Se fosse eu que tivesse feito o que o povo fala eu não tinha vindo, eu estou tranquilo. Se for eu mesmo, se tiver que pagar, eu vou pagar, mas não teve este negócio de estupro. Ela [Michele] falou com a médica que o bebê tinha morrido porque estava tomando banho na banheira, isso é mentira”, falou.
Quando questionado se a mulher agredia o bebê ou se outra pessoa frequentava a casa deles, Felício Cordeio afirmou que nunca presenciou nenhuma das duas situações.
O delegado disse que deve fazer uma perícia na casa onde a família morava e que vai ouvir outras testemunhas para analisar o envolvimento da mãe do bebê. Felício Cordeiro está preso na cadeia da cidade.
Local onde o bebê dormia (Foto: Michelly Oda / G1)

Casa onde a família morava há três meses (Foto: Michelly Oda / G1)

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