Empresária de Janaúba concilia negócio e atribuições de dona de casa
Cláudia Fernandes concilia condição de empresária com responsabilidades do lar.
(foto: arquivo pessoal)
Recentemente, ampliou o negócio, abrindo uma loja física para as vendas dos produtos que fabrica no varejo, com 13 funcionários, mantendo a comercialização pelo sistema on-line, com entregas em todo pais.
Casada há oito anos – o marido também é empresário –, Cláudia afirma que as atividades domésticas representam uma carga a mais para a maioria das mulheres de negócios.
Pesquisa do Sebrae Minas divulgada nesta terça- feira (7/3), véspera do Dia Internacional da Mulher, aponta que 69% das empreendedoras são responsáveis pelos cuidados da casa, número que cai para 31% quando se trata dos homens.
A empresária salienta que o segredo para conciliar a vida de empreendedora com a condição de dona de casa é “administrar bem o tempo”.
“Tem que dividir as tarefas e saber administrar bem o tempo. Faço um planejamento e vou ao supermercado somente em um dia da semana”, explica Cláudia, lembrando que também precisa cuidar de outros “compromissos” da vida da mulher, como ir ao salão de beleza, por exemplo.
“Tem que dividir as tarefas e saber administrar bem o tempo. Faço um planejamento e vou ao supermercado somente em um dia da semana”, explica Cláudia, lembrando que também precisa cuidar de outros “compromissos” da vida da mulher, como ir ao salão de beleza, por exemplo.
Ela afirma que leva uma rotina apertada. Durante os dias da semana, acorda às 5h50. “Das 6 às 7 horas faço academia. Em seguida, retorno em casa para tomar banho, tomar café e me arrumar. Entre oito e oito meia, já estou no meu trabalho”, descreve Cláudia.
A empresária revela ainda que almoça na firma (onde recebe marmita) e só retorna para a casa entre as 19h e 19h30. Ou seja: trabalha, em média 11 horas por dia, carga ainda completada com as responsabilidades de cuidar da casa.
Sonho da maternidade adiado
Cláudia Fernandes relata que devido à atividade no mundo dos negócios, teve que adiar o sonho da maternidade. “Adiei devido à correria mesmo. O tempo da gente enquanto empreendedora é muito curto”, diz a mulher empresária. Ela diz que, com sua empresa estruturada, pretende engravidar em breve.
Cláudia Fernandes relata que devido à atividade no mundo dos negócios, teve que adiar o sonho da maternidade. “Adiei devido à correria mesmo. O tempo da gente enquanto empreendedora é muito curto”, diz a mulher empresária. Ela diz que, com sua empresa estruturada, pretende engravidar em breve.
“É muito difícil conciliar um filho, com tantas coisas para resolver. Agora, com meu negócio estruturado, já posso planejar. Espero que entre este e o próximo ano, eu realize o sonho que é ser mãe”, confessa a empreendedora de Janaúba.
Investimento em gestão
"Vendi minha moto, peguei dinheiro emprestado com meu avô e, com a cara e coragem, aluguei um espaço muito pequeno para iniciar meu negócio”, lembra Cláudia sobre o início de seu empreendimento.
"Vendi minha moto, peguei dinheiro emprestado com meu avô e, com a cara e coragem, aluguei um espaço muito pequeno para iniciar meu negócio”, lembra Cláudia sobre o início de seu empreendimento.
Ela conta que ainda criança, em Monte Azul (na mesma região), onde nasceu, já sonhava empreender. Aos 13 anos, se mudou para Janaúba, e aprendeu com uma tia, proprietária de uma pequena fábrica de confecções, os primeiros cortes. “Foi em 2009, quando minha tia decidiu vender as máquinas, que eu aluguei esse primeiro espaço, e me formalizei microempreendedora individual (MEI), com apenas uma funcionária”, descreve.
Foram anos de muito trabalho atuando entre criação, corte, costura, gestão, vendas, e viagens para comprar matéria-prima. Nesse período, ela conseguiu mudar e ampliar o local da fábrica por duas vezes.
“Foi um momento fundamental para meu crescimento pessoal e profissional. A empresa estava em plena expansão, e percebi que eu precisava deixar o operacional. Foi quando decidi cursar administração. Isso me ajudou a enxergar minha empresa de outra forma”, reforça.
Com uma visão mais profissional, em 2017, a empreendedora decidiu investir em novas capacitações e consultorias. Viajou para conhecer outras fábricas, mudou para um espaço maior, e informatizou os processos da fábrica. “Tive o apoio do Sebrae Minas, fiz Empretec, recebi orientações do programa Agente Local de Inovação, e vários outras capacitações que me ajudaram demais a conquistar mercado e reconhecimento”, afirma Cláudia Fernandes.
A empreendedora de Janaúba assegura que não pensa em estagnação. “Procuro evoluir, desenvolver minhas competências e habilidades. Estou sempre em busca de inovar em todas as áreas no meu negócio para o sucesso da empresa e das pessoas que fazem parte dela”, ressalta.
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